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UE enfrenta desafios para aumentar produção de microchips e reduzir dependência externa

UE enfrenta desafios para atingir meta de 20% do mercado global de microchips até 2030, com investimentos insuficientes e forte concorrência externa.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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A União Europeia (UE) enfrentou problemas com a falta de microchips durante a pandemia, o que levou à criação da Lei Europeia de Chips, com um investimento de 86 bilhões de euros para aumentar a produção local. No entanto, três anos após a aprovação da lei, o Tribunal de Contas da UE informou que é improvável que a meta de 20% do mercado global de microchips seja alcançada até 2030. O relatório aponta que a UE não está investindo o suficiente e enfrenta forte concorrência de países como os Estados Unidos e nações asiáticas. Embora a produção de microchips na UE tenha aumentado, a participação de mercado deve crescer apenas para 11,7% até 2030, muito abaixo do esperado. A falta de um plano claro e a dependência de investimentos de países membros e da indústria dificultam o progresso. Além disso, a indústria de microchips na UE é dominada por poucas empresas grandes, o que pode causar problemas se algum projeto falhar. A auditoria também destaca a dependência de matérias-primas importadas e a necessidade de uma força de trabalho qualificada. O Tribunal de Contas recomenda uma revisão urgente da estratégia para garantir que a UE possa competir de forma eficaz no setor de microchips.

O Tribunal de Contas da União Europeia (ECA) divulgou um relatório que aponta a improvável realização da meta de 20% do mercado global de microchips até 2030. A análise, realizada três anos após a aprovação da Lei Europeia de Chips, destaca a insuficiência de investimentos e a forte concorrência externa como principais obstáculos.

A escassez de microchips durante a pandemia evidenciou a dependência tecnológica da União Europeia (UE). A situação afetou diversos setores, incluindo a indústria automobilística, que viu sua produção cair drasticamente. Em resposta, a Comissão Europeia lançou a Lei Europeia de Chips, prevendo um investimento de 86 bilhões de euros para aumentar a produção local.

Apesar dos avanços, a ECA alerta que a UE está longe de alcançar suas ambições. O déficit comercial no setor de microchips era de 20 bilhões de euros no início da década, com uma participação de 9,8% no mercado. Com o ritmo atual, a previsão é que a participação chegue a apenas 11,7% até 2030.

Desafios e Concorrência

A presidente da ECA, Annemie Turtelboom, enfatiza a necessidade de uma revisão urgente da estratégia da UE para o setor. A competição com regiões como a Ásia e os Estados Unidos tem se mostrado mais ágil, dificultando o cumprimento das metas estabelecidas. Para atingir a meta de 20%, a capacidade de produção europeia precisaria ser quatro vezes maior até 2030.

Os auditores também destacam que a falta de uma coordenação eficaz entre os Estados membros e a indústria pode comprometer o sucesso do plano. A maior parte dos 86 bilhões de euros deve vir de investimentos nacionais, mas a Comissão Europeia controla apenas 5% desse total.

Iniciativas em Andamento

Atualmente, a indústria de microchips na UE é dominada por algumas grandes empresas, o que gera uma concentração de recursos. Projetos como a fábrica da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) em Dresden e as iniciativas da Intel na Alemanha são exemplos de esforços para aumentar a produção. No entanto, a dependência de importações e a escassez de mão de obra qualificada continuam sendo desafios significativos.

A ECA recomenda um monitoramento rigoroso da estratégia atual e a formulação de um novo plano baseado nos resultados da avaliação. A situação é considerada crítica, com implicações que vão além da economia, afetando a segurança e a autonomia tecnológica da UE.

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