Há cerca de três anos, um grupo de professores da Amazônia se formou para discutir as consequências da pandemia no aprendizado escolar. Recentemente, ao abordar o tema da inteligência artificial (IA), ficou evidente que nenhum dos municípios da região integrou a IA ao currículo escolar, e os educadores não receberam formação sobre o assunto. Essa realidade é preocupante, pois a única forma de familiarização dos alunos com a IA ocorre por meio das redes sociais, que frequentemente disseminam desinformação.

Enquanto isso, a China se destaca na integração da IA ao ensino, reconhecendo-a como uma área estratégica. Desde 2018, o país implementa um currículo robusto que inclui aprendizado de máquina, algoritmos e robótica. O governo chinês investe na formação de professores e na digitalização das escolas, preparando os alunos para um futuro tecnológico. Além disso, a IA é discutida em disciplinas como ética, abordando questões de privacidade e automação.

Diante desse cenário, o advogado e ex-prefeito Adnan Demachki faz um apelo aos gestores eleitos no Brasil. Ele sugere que, nas jornadas pedagógicas do início do ano letivo, a preparação para o ensino de IA seja incluída nas pautas. Essa iniciativa poderia representar um avanço significativo na educação, preparando as crianças e jovens para as transformações que a tecnologia trará à sociedade.

Demachki enfatiza que a inclusão da IA no currículo escolar é crucial para que os estudantes não apenas compreendam a nova tecnologia, mas também se adaptem a mudanças estruturais que impactarão o futuro da humanidade. A proposta visa garantir que o Brasil não fique para trás em um mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial.