Decidir se deve ou não interagir com os diversos bots de inteligência artificial (IA) disponíveis em aplicativos envolve várias considerações, incluindo questões éticas sobre direitos autorais, o aumento da demanda energética e o impacto na criatividade humana. Além disso, é importante notar que esses sistemas frequentemente utilizam as entradas humanas para aprimorar seus modelos. Embora algumas empresas de IA tentem anonimizar esses dados, muitos usuários podem não se sentir confortáveis com essa prática. A boa notícia é que, na maioria dos casos, é possível desativar essa coleta de dados.

Desabilitar o treinamento de IA não é o mesmo que apagar o histórico de conversas, embora estejam interligados. As interações podem ser utilizadas para treinamento antes de serem excluídas. Os usuários podem optar por manter o histórico de conversas, mas impedir que as empresas de IA utilizem seus dados para aprimoramento de modelos. Instruções específicas para desativar o treinamento de IA variam entre aplicativos, como ChatGPT, Copilot e Gemini, cada um com suas configurações.

No ChatGPT, por exemplo, é possível recusar a opção de "melhorar o modelo para todos". No Copilot, os usuários podem optar por não participar do treinamento de texto e voz. Já no Gemini, é necessário desativar o histórico de chat para impedir que as conversas sejam usadas no treinamento. O Perplexity e o Grok também oferecem opções para desativar a retenção de dados, enquanto o LinkedIn possui um controle específico para dados de melhoria de IA generativa.

Por outro lado, a Meta apresenta opções limitadas para usuários fora da Europa e do Reino Unido, dificultando a proteção de dados pessoais. Os usuários podem encontrar um formulário para contestar a coleta de dados, mas as opções são escassas nos Estados Unidos. Para outros aplicativos que utilizam IA, é recomendável explorar as configurações e políticas de privacidade, pois as práticas de uso de dados podem variar significativamente.