Um avanço significativo na pesquisa sobre superbactérias foi alcançado em apenas dois dias por meio de uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) chamada “co-scientist”, desenvolvida pelo Google. O professor José R. Penadés e sua equipe do Imperial College London passaram uma década tentando entender por que algumas superbactérias são resistentes a antibióticos. Ao questionar […]
Um avanço significativo na pesquisa sobre superbactérias foi alcançado em apenas dois dias por meio de uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) chamada “co-scientist”, desenvolvida pelo Google. O professor José R. Penadés e sua equipe do Imperial College London passaram uma década tentando entender por que algumas superbactérias são resistentes a antibióticos. Ao questionar a IA sobre o problema central de sua pesquisa, Penadés ficou surpreso ao ver que a tecnologia chegou à mesma conclusão que sua equipe em um tempo recorde.
O professor relatou à BBC que a IA não apenas replicou a hipótese principal, mas também apresentou quatro novas hipóteses, uma das quais sua equipe não havia considerado. A pesquisa investiga como as superbactérias, que representam uma ameaça significativa à saúde, podem se espalhar entre diferentes espécies. A hipótese atual sugere que essas bactérias podem formar “caudas” a partir de vírus, facilitando sua disseminação, uma ideia que ainda não havia sido publicada ou compartilhada.
Penadés expressou sua incredulidade ao descobrir que a IA conseguiu resolver um problema que sua equipe havia trabalhado por tanto tempo, sem ter acesso a informações prévias. Ele testou a ferramenta como uma forma de validação de suas descobertas. A resposta da IA corroborou a hipótese de que as superbactérias poderiam ter “chaves” que lhes permitem migrar entre hospedeiros, exatamente como sua equipe havia teorizado.
O impacto da IA na ciência é um tema controverso. Enquanto alguns acreditam que a tecnologia pode impulsionar descobertas científicas, outros temem a perda de empregos. Penadés reconheceu essas preocupações, mas enfatizou que a ferramenta representa uma oportunidade poderosa para a pesquisa. Ele acredita que a IA pode transformar a ciência, comparando a experiência a jogar uma partida decisiva em um torneio importante, e expressou entusiasmo por fazer parte desse avanço.
Entre na conversa da comunidade