Carlos Fonseca lançou seu novo livro, “Os Retornados”, que fala sobre afro-brasileiros que voltaram à África entre os séculos 19 e 20. A obra mostra como essas pessoas formaram comunidades em Togo, Nigéria e Benim e como suas culturas, como a culinária e rituais religiosos, ainda são influenciadas por suas raízes brasileiras. A pesquisa de Fonseca começou há 40 anos, quando ele descobriu brasileiros vivendo na África durante uma viagem. Ele encontrou descendentes de ex-escravizados que deixaram o Brasil após a Revolta dos Malês, em 1835. O número de retornados é incerto, com estimativas variando de 3.700 a 8.000 pessoas. Eles são chamados de “agudás” no Benim e “tabons” em Togo e mantêm tradições como a festa de Nosso Senhor do Bonfim. Fonseca enfatiza a importância de preservar essa memória, que está se perdendo com o tempo, e compartilha suas experiências ao visitar famílias de retornados e a conexão emocional que desenvolveu com elas.
Carlos Fonseca lançou seu novo livro, “Os Retornados”, que documenta a história de afro-brasileiros que voltaram à África entre os séculos dezenove e vinte. A obra explora a formação de comunidades em Togo, Nigéria e Benim, destacando suas influências culturais, como culinária e rituais religiosos.
A pesquisa de Fonseca começou há quatro décadas, após sua descoberta sobre brasileiros vivendo na África durante uma viagem ao rali Paris-Dakar. Ele encontrou descendentes de ex-escravizados que deixaram o Brasil após a Revolta dos Malês, em mil oitocentos e trinta e cinco. Esses indivíduos formaram comunidades que mantêm laços com suas raízes brasileiras.
O livro revela que o total de retornados é incerto, com estimativas variando de três mil e setecentos a oito mil pessoas. Os retornados, conhecidos como “agudás” no Benim e “tabons” em Togo, preservam tradições brasileiras, como a festa de Nosso Senhor do Bonfim e a construção de templos com influências coloniais.
Fonseca destaca a importância de preservar essa memória, que se apaga com o tempo. Ele relata suas visitas a famílias de retornados e a conexão emocional que desenvolveu ao longo dos anos. “É uma memória que vai se apagando e eu fico com essa vontade de registrá-la antes que eles morram,” afirma o autor.
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