18 de abr 2025
Teólogo propõe reabilitação de Judas Iscariotes como símbolo das sombras humanas
Teólogo propõe nova visão sobre Judas Iscariotes, sugerindo que sua traição foi um ato de obediência a Jesus, não apenas ganância.
Estátua do momento em que Judas Iscariotes trai Jesus com um beijo, entregando-o às autoridades por 30 moedas de prata (Foto: Antonio López por Pixabay)
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Teólogo propõe nova visão sobre Judas Iscariotes e questiona a traição
Um teólogo francês desafia a interpretação tradicional de Judas Iscariotes, o discípulo conhecido por trair Jesus. Jean-Yves Leloup sugere que o ato de Judas pode ter sido, na verdade, uma obediência a um pedido do próprio Jesus, conforme revelado em textos apócrifos. A discussão reacende debates sobre a natureza do bem e do mal.
Evangelho apócrifo lança luz sobre a motivação de Judas
Leloup baseia sua análise no “Evangelho de Judas”, um texto do século IV que não faz parte do cânone bíblico. O documento indica que Jesus teria solicitado a Judas que o entregasse às autoridades, levantando a hipótese de que a traição seria um ato de cumprimento de uma ordem divina.
Judas, o zelote enganado?
O teólogo argumenta que Judas era um membro de um grupo armado, os zelotes, que lutavam contra o domínio romano. Ele teria concordado em entregar Jesus acreditando que isso desencadearia uma revolta e revelaria o Messias como um líder militar. A não resistência de Jesus durante a prisão no Getsêmani teria causado desespero em Judas, levando-o ao suicídio.
Interpretações sobre Satanás e a escolha consciente
Diferentemente da interpretação comum que atribui a traição à influência de Satanás, Leloup defende que Judas fez uma escolha consciente de se opor a Jesus, assumindo o papel de “adversário”. A análise busca desmistificar a figura do Diabo como agente externo e enfatizar a responsabilidade individual nas ações.
Lições para os cristãos e alertas sobre certezas políticas
A nova perspectiva sobre Judas convida os cristãos a reconhecerem suas próprias sombras e a admitirem a possibilidade de erros em suas interpretações sobre Jesus. Além disso, o teólogo alerta para os perigos de visões políticas baseadas em certezas religiosas absolutas, citando como exemplo declarações de políticos evangélicos.
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