Um estudo recente mostrou que as crianças estão crescendo com menos primos ao redor do mundo. Isso acontece porque as famílias estão ficando menores, com menos filhos. Essa mudança é mais visível entre os millennials e a geração Z, que também estão adotando o conceito de “família escolhida”, onde amigos se tornam parte da família. Esse termo começou na comunidade LGBTQ+ e se espalhou, oferecendo apoio e comunidade para aqueles que não têm muitos parentes por perto. Historicamente, as famílias extensas, especialmente na América Latina, eram uma rede de apoio importante, mas agora o número de parentes vivos está diminuindo. Por exemplo, uma mulher de 65 anos na América Latina tinha, em média, mais de 60 parentes em 2000, mas esse número deve cair para menos de 40 até 2050. Na Europa e na América do Norte, a situação é ainda mais crítica, com previsões de menos de 20 parentes. Essa mudança cultural afeta como as pessoas se conectam e se apoiam, já que muitos vivem longe de seus familiares. A família escolhida se torna uma alternativa importante, oferecendo laços e apoio que antes eram encontrados na família biológica.
Em 2023, um estudo publicado na *Proceedings of the National Academy of Sciences* revelou que crianças em todo o mundo estão crescendo com menos primos. Essa mudança é atribuída à diminuição do tamanho das famílias nucleares e ao aumento do conceito de “família escolhida”, especialmente entre millennials e geração Z.
A antropóloga Kath Weston explica que o termo “família escolhida” surgiu na comunidade LGBTQ+ e se refere aos laços que pessoas queer e trans formam com amigos quando são rejeitadas por suas famílias biológicas. Nos últimos anos, esse conceito se popularizou entre os jovens, que buscam apoio e comunidade em amigos, substituindo o que tradicionalmente era oferecido pela família.
Historicamente, as famílias extensas, incluindo primos, eram fundamentais em muitas culturas, como na América Latina. Um estudo aponta que, entre os anos 2000 e 2025, uma mulher de 65 anos na região tinha, em média, mais de 60 parentes vivos. Para 2050, essa estimativa deve cair para menos de 40. Na Europa e América do Norte, a previsão é que esse número fique abaixo de 20.
A redução do número de primos e o aumento da “família escolhida” refletem uma transformação nas dinâmicas familiares. Muitas pessoas vivem longe de seus parentes por motivos profissionais ou educacionais. Pesquisadores afirmam que as árvores genealógicas estão se tornando “caules de feijão”, com laços familiares mais estreitos, mas menos ramificações.
Esse fenômeno é especialmente notável no México, onde a família extensa sempre foi uma rede de apoio. Os primos desempenham papéis importantes, como cuidar dos mais novos e compartilhar experiências. Com a diminuição dos laços familiares, surge uma nova realidade social, onde as relações de apoio se tornam essenciais, seja em famílias tradicionais ou escolhidas.
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