Onda de vandalismo em São Paulo: 47 ônibus depredados em um único dia

São Paulo enfrenta onda de ataques a ônibus com mais de 600 ocorrências

Desde o início da onda de violência em 12 de junho, São Paulo registrou 623 ataques a ônibus, com 47 ocorrências apenas no último domingo, 13 de julho. Os ataques, que se espalharam pela Grande São Paulo e Baixada Santista, têm gerado grande preocupação entre passageiros e autoridades.

Os ataques ocorrem principalmente nas zonas Sul e Oeste da capital, onde os coletivos são alvos de pedradas e outros objetos. A SPTrans confirmou que, até agora, 421 ônibus foram atingidos na cidade. O dia mais violento foi 7 de julho, com 59 ataques registrados.

Ações Policiais

Em resposta à escalada da violência, a Polícia Militar lançou a Operação Impacto, mobilizando mais de 7 mil policiais e 3 mil viaturas em todo o estado. Até o momento, sete suspeitos foram presos, e um adolescente foi apreendido, mas liberado posteriormente. As investigações estão sendo conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que busca identificar as motivações por trás dos ataques.

Entre os detidos, um homem foi acusado de ferir uma passageira ao lançar uma pedra contra um ônibus na Avenida Washington Luiz. As investigações apontam para várias linhas de apuração, incluindo a possibilidade de que os ataques sejam motivados por desafios em grupos fechados na internet ou até mesmo encomendados por empresas do setor.

Reação do Setor

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) enviou ofícios às secretarias de Segurança Pública solicitando reforço no policiamento. A entidade destacou que, embora a violência tenha aumentado desde junho, o número total de ataques em 2025 pode ser ainda maior, com 855 incidentes contabilizados desde o início do ano na capital paulista.

A situação exige atenção redobrada das autoridades para garantir a segurança no transporte público, que já enfrenta problemas crônicos. A população clama por medidas eficazes para proteger os usuários e os veículos, enquanto as investigações continuam em andamento.