Zambelli planeja candidatura na Itália enquanto enfrenta problemas legais no Brasil

Carla Zambelli, deputada federal licenciada, está foragida na Itália após ser condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde sua fuga em 25 de maio, ela enfrenta um mandado de prisão e a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.

A defesa de Zambelli, liderada pelo advogado Fábio Pagnozzi, informou que a prioridade da deputada é provar sua inocência e retornar ao Brasil. No entanto, caso isso não ocorra, ela considera se candidatar a um cargo político na Itália. Pagnozzi afirmou que, se necessário, Zambelli buscará um partido italiano para concorrer nas próximas eleições.

A condenação de Zambelli está relacionada à tentativa de adulterar documentos, incluindo a emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A decisão do STF foi unânime, resultando também na perda de seu mandato. Apesar disso, o presidente da Câmara, Hugo Motta, não acatou imediatamente a determinação de cassação.

Situação Atual

A deputada, que se considera "intocável", enfrenta agora a possibilidade de ser presa a qualquer momento. As autoridades italianas intensificaram as buscas por ela na região metropolitana de Roma. Além disso, Zambelli acumula multas por não desocupar um apartamento funcional em Brasília, onde sua mãe e filho ainda residem.

A defesa tenta evitar a extradição, enquanto a situação política de Zambelli se complica. A relação entre a Itália e o Brasil, especialmente sob o governo de Giorgia Meloni, pode influenciar o desfecho de seu caso. A deputada, que prometeu liderar uma campanha contra o STF na Europa, não tem se manifestado publicamente desde sua chegada à Itália.