15 de jul 2025
Congressistas latinas apresentam proposta bipartidista para reforma migratória
Duas congressistas buscam reformar o sistema de imigração dos EUA, oferecendo legalização a imigrantes indocumentados após sete anos.

María Elvira Salazar e Verónica Escobar em Washington, no dia 23 de maio de 2023. (Foto: Bill Clark (Inc via Getty Imag))
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Duas congressistas dos Estados Unidos, María Elvira Salazar, republicana da Flórida, e Verónica Escobar, democrata do Texas, apresentaram a Lei Dignidade na Câmara de Representantes. O projeto visa reformar o sistema de imigração, considerado "quebrado", e oferece uma via de legalização para imigrantes indocumentados após sete anos de permanência no país.
A proposta exige que os imigrantes tenham vivido nos EUA por mais de cinco anos, não possuam antecedentes criminais e paguem uma taxa de 7.000 dólares ao governo. Embora a lei não ofereça um caminho para a cidadania, busca equilibrar medidas de segurança nas fronteiras com soluções para os imigrantes que já estão no país. Salazar destacou que a proposta é um "compromisso realista e baseado no sentido comum", especialmente em um momento de urgência.
Contexto Atual
O sistema de imigração dos EUA enfrenta desafios significativos, com cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados. A administração anterior, liderada por Donald Trump, implementou políticas restritivas, incluindo a revogação do Estatus de Proteção Temporal (TPS) para várias nacionalidades. Essas ações geraram um clima de medo e incerteza nas comunidades, especialmente em áreas com alta concentração de imigrantes, como o condado de Miami-Dade.
A nova versão da Lei Dignidade também propõe reformas no sistema de asilo, com o objetivo de acelerar o processamento dos pedidos para menos de 60 dias. Os solicitantes ficariam em "campus humanitários" na fronteira, recebendo apoio médico e legal. Além disso, a proposta inclui a criação de centros de processamento na América Latina e a introdução de uma nova visa humanitária.
Apoio Bipartidário
Desde sua apresentação inicial em 2023, a Lei Dignidade ganhou apoio crescente, contando agora com mais de 30 co-patrocinadores de ambos os partidos. Apesar das diferenças nas abordagens, tanto republicanos quanto democratas reconhecem a necessidade de uma reforma abrangente. No entanto, a proposta ainda enfrenta resistência, especialmente em relação a questões como a construção de muros e os processos acelerados de asilo.
Salazar, que tem raízes cubanas, busca promover um tratamento digno para todos os imigrantes, independentemente de sua origem. A proposta reflete um esforço para encontrar um meio-termo em um debate polarizado, visando oferecer soluções práticas para um problema complexo que afeta milhões de pessoas nos Estados Unidos.
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