15 de jul 2025
‘El eternauta’ revela drama familiar e legado da ditadura argentina
Martín Oesterheld reinterpreta "El eternauta" na Netflix, ampliando o legado de seu avô e conectando novas gerações à luta por justiça.

Juan Salvo no quadrinho 'El eternauta' e na série da Netflix, onde é interpretado por Ricardo Darín. (Foto: Reprodução)
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Legado de Oesterheld e Nova Adaptação
Héctor Germán Oesterheld, renomado guionista argentino, foi vítima da repressão durante a ditadura militar na Argentina, desaparecendo em 1977. Sua obra mais famosa, El eternauta, se tornou um símbolo da luta contra a opressão e a busca por justiça.
Recentemente, seu neto, Martín Oesterheld, tem se dedicado à reedição de El eternauta e à adaptação da obra para uma série da Netflix, que já confirmou uma segunda temporada. Essa iniciativa destaca a relevância contínua da narrativa, que aborda temas como ditaduras e desaparecidos, refletindo a realidade argentina.
Martín, que tinha apenas três anos quando seu avô foi sequestrado, compartilha que El eternauta não é apenas uma história de ficção científica, mas uma reflexão sobre a luta e a perda. Ele afirma que a obra permite múltiplas interpretações, desde uma invasão alienígena até questões sociais profundas, conectando-se com a experiência de sua família.
A série da Netflix trouxe um novo público para a obra, e Martín observa que muitos jovens estão redescobrindo a história. Ele destaca a importância de honrar o legado de seu avô, que não apenas criou personagens argentinos, mas também incorporou elementos de sua própria vida na narrativa.
A recuperação das páginas originais de El eternauta foi um marco importante, permitindo uma edição mais fiel ao material original. Apesar de algumas páginas ainda estarem desaparecidas, a nova edição trouxe à luz aspectos que haviam sido alterados em versões anteriores.
Martín Oesterheld também se envolveu diretamente na adaptação da série, buscando trazer a história para o contexto atual. Ele acredita que a figura de Juan Salvo, protagonista da trama, deve refletir a resiliência e a luta de gerações passadas, especialmente em relação à Guerra das Malvinas.
A trajetória de El eternauta e o trabalho de Martín Oesterheld são um testemunho da força da arte como meio de resistência e memória, mantendo viva a luta por justiça e verdade na Argentina.
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