15 de jul 2025
Judiciário rejeita pedido dos EUA em decisão da Procuradoria Geral da República
STF ouve testemunhas da trama golpista enquanto procurador geral pede condenação de Bolsonaro por cinco crimes. Julgamento ocorre em setembro.

Ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão na Primeira Turma do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)
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O Brasil está no centro de investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado, com o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentando acusações graves. O Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) estão conduzindo as ações judiciais.
Nesta segunda-feira, 14, o STF iniciou a oitiva de testemunhas do Núcleo 2 da trama golpista, demonstrando agilidade nas investigações. À noite, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou alegações finais sobre o Núcleo 1, recomendando a condenação de Bolsonaro por cinco crimes. Gonet afirmou que o ex-presidente “instrumentalizou o aparato estatal” em um esquema de ataque às instituições e ao processo eleitoral.
O Judiciário reafirmou sua independência em relação à carta de Donald Trump, que não influenciará o andamento dos processos. O relator dos casos, ministro Alexandre de Moraes, deve finalizar seu voto sobre o Núcleo 1 até o fim de agosto, com o julgamento final previsto para setembro. A expectativa é de condenação para a maioria dos réus, incluindo Bolsonaro.
Resposta do Judiciário
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, divulgou uma carta em resposta a Trump, reafirmando que o Judiciário está comprometido em defender a democracia no Brasil. Barroso destacou que, após a reação inicial, era seu dever explicar a atuação do STF, alinhando-se ao discurso do governo Lula.
Enquanto isso, o subsecretário Darren Beattie, em uma postagem no X, mencionou que Trump impôs consequências à Suprema Corte e ao governo Lula, afirmando que o governo dos EUA está “acompanhando de perto” a situação no Brasil. Contudo, o STF mantém seu cronograma de julgamentos, sem se deixar influenciar por pressões externas.
Os depoimentos das testemunhas do Núcleo 2 devem ocorrer ao longo desta semana, seguidos pelos do Núcleo 3 na próxima. O clima de tensão entre o Brasil e os EUA pode aumentar à medida que se aproxima o julgamento de Bolsonaro, previsto para setembro.
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