Trump afirma que Bolsonaro é conhecido, mas não um amigo íntimo

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta sérias acusações, incluindo tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando sua condenação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi formalizado na segunda-feira, 14.

Em meio a esse cenário, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou apoio a Bolsonaro, descrevendo-o como "um bom homem". Trump criticou a situação como uma "caça às bruxas" e afirmou que Bolsonaro ama o povo brasileiro, destacando sua luta por interesses nacionais. Ele também questionou sobre o andamento do julgamento do ex-presidente brasileiro.

Trump, ao ser questionado por repórteres, enfatizou que não considera Bolsonaro um amigo íntimo, mas sim alguém que conhece e respeita. "Ele foi muito duro porque queria fazer um bom negócio para o seu país", disse Trump, referindo-se à postura de Bolsonaro em negociações comerciais.

Críticas e Tarifas

A declaração de Trump ocorre em um contexto de tensões comerciais, com os Estados Unidos impondo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que entrarão em vigor em agosto. O ex-presidente americano associou essas tarifas ao julgamento de Bolsonaro, sugerindo que são uma retaliação às suas ações.

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton criticou Trump, chamando Bolsonaro de "amigo corrupto" e associando o aumento das tarifas à proteção que o ex-presidente americano oferece ao brasileiro. Clinton afirmou que os consumidores americanos pagarão mais pela carne bovina devido a essa relação.

Desdobramentos Legais

As acusações contra Bolsonaro incluem a liderança de uma organização criminosa que buscava desacreditar o sistema eleitoral e incitar ataques a instituições democráticas. Durante seu interrogatório no STF, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em atividades golpistas. A situação continua a se desdobrar, com a atenção do público voltada para os desfechos legais e políticos que podem surgir.