17 de jul 2025
Câmara aprova projeto de R$ 30 bilhões após veto de Lula e polêmica no IOF
Câmara aprova destinação de R$ 30 bilhões para dívidas rurais, gerando críticas de petistas e tensões sobre acordos fiscais.

Presidente Lula e Hugo Motta, Presidente da Câmara dos Deputados. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira, 16, um projeto que destina R$ 30 bilhões do fundo social para quitar dívidas de produtores rurais afetados por calamidades. A medida, que utiliza recursos do pré-sal, gerou críticas entre os petistas, que alegaram quebra de acordos, uma vez que o governo havia se comprometido a não votar essa proposta neste momento.
A votação ocorreu logo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar um projeto que aumentava o número de deputados de 513 para 531. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), articulou a ampliação do escopo do projeto, solicitando ao relator, Afonso Hamm (PP-RS), que incluísse agricultores do Nordeste.
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, expressou descontentamento com a votação, afirmando que a confiança foi quebrada. Ele destacou que havia um entendimento de que a votação não ocorreria neste momento. Lindbergh Farias (PT-RJ) também criticou o impacto fiscal da medida, alertando que os recursos retirados do fundo social afetarão áreas como educação e saúde.
Desdobramentos da Votação
A aprovação do projeto, que ainda precisa passar pelo Senado, ocorreu em meio a um clima de tensão. O placar final foi de 346 votos a favor e 93 contra. A pressão do agronegócio por apoio financeiro já era evidente há semanas, e a votação foi marcada por reações intensas após o veto de Lula ao aumento do número de deputados.
Além do crédito ao agronegócio, a Câmara retirou da pauta um projeto que criava novas vagas no Superior Tribunal de Justiça. A situação atual reflete as tensões entre os diferentes poderes e interesses no Congresso, com líderes afirmando que a relação entre os parlamentares deve ser pautada pelo respeito e pela consideração dos acordos estabelecidos.
A reorganização da distribuição das cadeiras na Câmara deve ocorrer apenas em agosto, após o recesso parlamentar. A proposta de aumento foi aprovada com um placar apertado, evidenciando a divisão entre os parlamentares. A manutenção do número atual de deputados resultará na perda de vagas para estados como Paraíba, Rio de Janeiro e Bahia, entre outros.



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