Bancões dos EUA têm expectativas baixas e impulsionam rali das ações

Os principais bancos dos EUA, como JPMorgan e Citigroup, estão prestes a divulgar seus resultados trimestrais, com expectativas de crescimento no setor financeiro. A divulgação ocorrerá nesta semana, e analistas preveem que os lucros podem surpreender positivamente, apesar de uma previsão média de queda de 1% nos lucros do Índice Financeiro do S&P 500.

O Índice KBW Bank, que inclui 24 instituições financeiras, subiu 37% desde a mínima de abril, superando o desempenho do S&P 500 e do Nasdaq 100. Essa valorização sugere que os investidores podem estar subestimando o setor, que representa apenas 13,7% dos lucros do S&P 500, embora deva corresponder a 18,6% do total, segundo a Bloomberg Intelligence.

Expectativas e Oportunidades

Os resultados de grandes bancos, como Wells Fargo e Goldman Sachs, também serão divulgados nesta semana. Estrategistas apontam que a possibilidade de um ambiente regulatório mais favorável, com menos restrições, pode impulsionar o setor. A desregulamentação e a expectativa de fusões e aquisições são vistas como fatores que podem beneficiar os grandes bancos.

Além disso, os testes de estresse do Federal Reserve (Fed) realizados recentemente abriram espaço para que os bancos atualizem seus planos de recompra de ações e capital adicional. Christopher McGratty, analista da KBW, destacou que o setor bancário está à beira de uma mudança positiva no ambiente regulatório, o que pode resultar em novos ganhos.

Riscos e Desafios

Apesar das expectativas otimistas, existem riscos que podem impactar os lucros dos bancos. A crescente avaliação do setor, com o índice financeiro do S&P 500 sendo negociado a mais de 17 vezes seus lucros futuros, levanta preocupações. Além disso, a incerteza em relação à guerra comercial e ao futuro das taxas de juros do Fed pode afetar o desempenho do setor.

Recentemente, o HSBC rebaixou as notas de instituições como JPMorgan e Goldman Sachs, citando riscos associados à incerteza macroeconômica. No entanto, analistas como Mike Mayo, do Wells Fargo, acreditam que a desregulamentação e o crescimento dos lucros podem impulsionar novos ganhos, sugerindo que as ações ainda não estão precificando todos os benefícios potenciais.