14 de jul 2025
Governo busca parcerias com indústria e agro para enfrentar tarifas dos EUA
Governo brasileiro cria comitê para enfrentar tarifas de 50% dos EUA e busca alternativas com empresários do setor industrial e agronegócio.

Lula e Alckmin em cerimônia no Planalto (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta um desafio significativo com a imposição de tarifas de 50% sobre produtos nacionais, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para lidar com essa situação, foi criado um comitê interministerial que se reunirá com empresários para discutir estratégias de enfrentamento.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, detalhou que as reuniões ocorrerão em Brasília, com o objetivo de ouvir representantes da indústria e do agronegócio. As primeiras reuniões estão agendadas para 15 de agosto, com a participação de setores que têm forte relação comercial com os EUA. Alckmin enfatizou que o governo busca alternativas para mitigar os impactos das tarifas, que afetam diretamente a competitividade dos produtos brasileiros.
Durante as reuniões, o governo pretende discutir a possibilidade de reverter as tarifas por meio do diálogo com empresas e instituições americanas. Alckmin destacou que as tarifas prejudicam tanto as empresas brasileiras quanto as americanas, justificando a necessidade de uma abordagem colaborativa. O governo também considera a utilização da Lei da Reciprocidade, que permite a imposição de tarifas equivalentes em resposta a barreiras comerciais injustificadas.
Além disso, o governo está ciente de que a relação comercial entre Brasil e EUA é deficitária, o que torna a situação ainda mais delicada. Um relatório da Amcham Brasil revelou que o superávit comercial dos EUA em relação ao Brasil alcançou US$ 1,7 bilhão, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Essa informação reforça a necessidade de um diálogo aberto e construtivo entre as partes.
O presidente Lula tem defendido a importância de manter uma postura firme diante das ameaças, mas também acredita que a negociação é essencial até que uma ação concreta seja tomada. O governo espera que a pressão dos empresários, especialmente do agronegócio e da indústria, ajude a influenciar a opinião pública e o Congresso, alinhando um discurso que possa fortalecer a interlocução com os EUA.




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