14 de jul 2025
Tarifas dos EUA podem fazer ações da Embraer cair até 30%, alerta JPMorgan
Embraer pode enfrentar queda de 30% nas ações devido à tarifa de 50% dos EUA, impactando EBIT em US$ 338 milhões.

Avião A-29 Super Tucano da Embraer na Base Aérea de Kandahar, Afeganistão 07/10/2017 (Foto: REUTERS/Omar Sobhani)
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A Embraer (EMBR3) enfrenta um cenário desafiador com a iminente implementação de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras pelos Estados Unidos, a partir de 1º de agosto. Segundo análise do JPMorgan, essa medida pode levar a uma queda adicional de 30% nas ações da fabricante, que já apresentaram uma desvalorização de 10% desde 8 de julho.
A análise do banco estima que a tarifa de 50% poderia resultar em um impacto negativo de aproximadamente US$ 338 milhões no EBIT anualizado da Embraer, representando uma redução de 41% na margem de lucro antes de juros e impostos. Atualmente, as ações da empresa refletem uma tarifa implícita de cerca de 20%, com o preço das ações em US$ 53,92.
Expectativas do Mercado
Embora investidores internacionais considerem improvável a implementação total das tarifas, devido a negociações em andamento entre os EUA, México e Canadá, os investidores locais estão mais preocupados. Para eles, as tarifas são vistas como um fator crucial para a venda e operações vendidas da Embraer. O JPMorgan destaca que a fabricante se tornou um "proxy" para o risco tarifário no curto prazo.
A volatilidade das ações da Embraer deve aumentar até a divulgação dos resultados do segundo trimestre, marcada para 5 de agosto. Além das tarifas, a situação da Azul (AZUL4), que enfrenta um processo de recuperação judicial nos EUA, pode impactar os contratos de serviço e, consequentemente, os resultados da Embraer.
Perspectivas Futuras
Apesar do cenário adverso, o JPMorgan mantém uma visão otimista em relação às oportunidades de longo prazo da Embraer, destacando sua diversificação de produtos e mercados. A recomendação do banco permanece em "overweight", com um preço-alvo de R$ 93 para as ações da empresa. A análise ressalta que, enquanto alguns veem a Embraer como a maior vítima das tarifas, outros acreditam que a resiliência da companhia pode levar as aéreas dos EUA a pressionar o governo americano por uma revisão das tarifas.


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