14 de jul 2025
Previ encerra participação na BRF devido a riscos na fusão com Marfrig
Previ encerra investimento de 30 anos na BRF e destina R$ 1,9 bilhão para títulos públicos, visando segurança e liquidez.

Previ embolsou R$ 1,9 bilhão com venda de participação na Marfrig (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
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A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, anunciou a venda total de sua participação na BRF por R$ 1,9 bilhão, encerrando um investimento que durou mais de 30 anos. A decisão foi comunicada na segunda-feira, 14 de outubro, e ocorre após a Previ ter reduzido sua participação para 4,93% no mês anterior.
A venda foi motivada por preocupações em relação à fusão da BRF com a Marfrig e à relação de troca de ações proposta. A Previ, junto com o acionista Alex Fontana, herdeiro da Sadia, solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o adiamento da assembleia geral extraordinária que discutiria a fusão. O fundo argumenta que a relação de troca não reflete adequadamente o valor da BRF, o que poderia prejudicar acionistas minoritários.
Motivações da Venda
Em seu comunicado, a Previ destacou que a venda de sua posição na BRF foi uma medida para proteger o patrimônio dos participantes do Plano 1. A fusão com a Marfrig gera incertezas sobre a política de dividendos da nova empresa, que já não era consistente para os acionistas da BRF nos últimos anos. A Previ enfatizou que, apesar da Marfrig ter um histórico de pagamento de dividendos, as dúvidas sobre governança e endividamento aumentam os riscos.
O montante obtido com a venda será reinvestido em títulos públicos federais de longo prazo, como as NTN-B, que oferecem uma taxa média de 7,45%. A Previ considera essa estratégia mais alinhada com sua política de investimentos, que prioriza liquidez e segurança.
Cenário Atual
A BRF, por sua vez, informou que a Marfrig aumentou sua participação na companhia para 58,87%. A nova data para a assembleia que discutirá a fusão ainda não foi definida. A decisão da Previ de se desfazer de suas ações reflete um movimento cauteloso em um cenário econômico incerto, buscando maximizar ganhos e garantir a segurança dos associados.


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