Inflação nos EUA e audiência sobre IOF movimentam a agenda econômica desta terça-feira

Com os mercados financeiros em um cenário de incerteza devido a tarifas comerciais, os holofotes se voltam para os lucros de grandes bancos dos EUA nesta terça-feira (15). Instituições como JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citigroup divulgarão seus resultados do segundo trimestre, que podem refletir os impactos das tensões comerciais, especialmente após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump.

Enquanto isso, o Brasil se prepara para discutir sua resposta a essas tarifas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com ministros para abordar questões econômicas e políticas. A audiência de conciliação sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) está marcada para esta tarde no Supremo Tribunal Federal (STF), onde representantes do Executivo e do Legislativo buscarão um consenso.

Reuniões Estratégicas

A agenda do presidente Lula inclui encontros com diversos ministros ao longo do dia. Às 9h, ele se reunirá com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, seguido por encontros com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e outros assessores. Essas reuniões visam fortalecer a posição do Brasil nas negociações comerciais com os EUA.

No cenário internacional, o Brasil considera negociar a redução das tarifas para 30% ou adiar a implementação por até 90 dias. O governo também estuda a possibilidade de estabelecer cotas de exportação para produtos como café e laranja. Lula orientou sua equipe a manter uma postura firme nas negociações, acreditando que Trump valoriza negociadores que não cedem facilmente.

Impactos Econômicos

Além das questões tarifárias, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, anunciou planos para um novo pacote de crédito habitacional, prevendo R$ 250 bilhões em financiamentos até 2025. O objetivo é ampliar o acesso ao crédito para a classe média, com juros reduzidos e prazos mais longos.

No setor de apostas esportivas, empresas alertam que um aumento na taxa de apostas de 12% para 18% pode resultar em perdas de até R$ 2,8 bilhões na arrecadação. A ANJL destaca que essa elevação pode desestimular a regulamentação, levando a uma maior informalidade no setor.

Com um cenário econômico em transformação, as decisões tomadas hoje podem ter repercussões significativas tanto para o Brasil quanto para os mercados internacionais.