Volume de negociação de títulos de alto risco bate recorde diário em 2025

O mercado de títulos de alto risco alcançou um novo marco em 2025, com um volume médio diário de negociações de US$ 17,1 bilhões. O relatório do JPMorgan Chase & Co. destaca que esse valor representa um aumento de 14% em relação a julho de 2024. O segundo trimestre do ano foi particularmente forte, com uma média de US$ 17,3 bilhões por dia, conforme dados da Bloomberg.

Esse crescimento ocorre em um cenário de alta volatilidade, impulsionado por anúncios tarifários do governo dos EUA. Em abril de 2025, o volume de negociações superou o recorde anterior de março, refletindo a agitação nos mercados. Fundos multimercados, pressionados por limites de exposição, rapidamente se desfizeram de títulos corporativos de alto risco, o que acelerou a liquidação de posições.

Adoção de Negociações Eletrônicas

O uso de negociações eletrônicas no mercado de títulos de alto rendimento cresceu 90% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em abril, foram movimentados US$ 43 bilhões em operações de portfólio, um salto significativo em relação aos US$ 15 bilhões do mesmo mês em 2024. O mercado de títulos com grau de investimento também seguiu essa tendência, atingindo um volume recorde de US$ 100 bilhões.

Para atender à crescente demanda, o JPMorgan lançou seu primeiro ETF ativo focado em títulos de alto risco. Essa nova ferramenta oferece aos investidores uma forma mais acessível de participar do mercado, destacando rendimentos elevados e um ambiente competitivo no crédito privado tradicional. A negociação de portfólio, por sua vez, permite maior personalização e agilidade na alocação de ativos.

Perspectivas Futuras

O cenário atual sugere que os gestores de fundos estão ampliando suas apostas em papéis de maior risco, aproveitando a volatilidade para realizar operações rápidas e de grande escala. A combinação de um mercado em expansão e a inovação em produtos financeiros, como o ETF do JPMorgan, pode moldar o futuro das negociações em títulos de alto risco, atraindo ainda mais investidores para esse segmento.