Famosos como Obama e Beyoncé não estão na lista de Epstein divulgada

Recentemente, postagens falsas têm circulado nas redes sociais, alegando que celebridades e políticos, como Barack Obama e Beyoncé, estão na lista de associados de Jeffrey Epstein, empresário acusado de tráfico sexual de menores. O Estadão Verifica desmentiu essas alegações, confirmando que esses nomes não aparecem nos documentos judiciais divulgados.

Os conteúdos desinformativos começaram a ganhar força após a liberação de documentos relacionados ao caso Epstein, que morreu em 2019. Vídeos no Instagram e WhatsApp afirmam falsamente que diversas figuras públicas estão ligadas ao criminoso. Entre os nomes mencionados estão Madonna, Meryl Streep e Jim Carrey, mas nenhum deles é citado nos registros oficiais.

Um vídeo que circulou no Instagram mostrava imagens de Obama e do atual presidente Joe Biden, além de outros famosos, enquanto um narrador afirmava que eles estavam na lista de Epstein. Após ser contatado pelo Estadão Verifica, o autor do vídeo excluiu a postagem e publicou uma retratação.

Teorias da Conspiração

Essas alegações estão ligadas a teorias da conspiração que tentam associar celebridades e políticos a Epstein. Um dos vídeos compartilhados no WhatsApp afirmava que havia "pânico em escala mundial da esquerda globalista", referindo-se à teoria da "Nova Ordem Mundial". Nomes como Mick Jagger e diretores como Steven Spielberg também foram erroneamente incluídos.

Os documentos liberados pela Justiça incluem depoimentos de mulheres que alegam ter sido vítimas de Epstein entre os anos 1990 e 2008. Até agora, 191 dos 250 arquivos foram divulgados, mas muitos já eram de conhecimento público. A juíza Loretta Preska ordenou a divulgação na íntegra, alegando que a maioria dos nomes já havia sido revelada em processos anteriores.

É importante ressaltar que ser mencionado nos documentos não implica em acusação de envolvimento nos crimes de Epstein. Muitas pessoas são citadas apenas por terem conexões superficiais com ele. As teorias que cercam Epstein e sua morte na prisão continuam a gerar desinformação e especulação.