15 de jul 2025
Empresas de inteligência artificial criam navegadores e transformam a internet
Perplexity lança navegador Comet, integrando IA generativa e levantando preocupações sobre privacidade e diversidade informacional.

Imagem de divulgação do Comet, navegador lançado pela startup de IA Comet (Foto: Reprodução/Perplexity)
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Os chatbots de inteligência artificial (IA) estão se expandindo além de suas funções tradicionais e agora buscam se tornar a principal interface de navegação na internet. Recentemente, a Perplexity lançou o Comet, um navegador que utiliza IA generativa para facilitar a navegação, permitindo que os usuários interajam com a web de forma mais intuitiva. A OpenAI e o Google também estão desenvolvendo navegadores próprios, levantando preocupações sobre privacidade e a diversidade de informações.
O Comet se destaca por permitir que os usuários façam perguntas e recebam respostas instantâneas, como resumos de vídeos do YouTube ou comparações de preços em sites de compras. A IA pode até traçar rotas no Google Maps, respondendo a comandos complexos de forma rápida. A Perplexity, fundada em 2022, já havia criado um motor de busca com IA e agora busca competir diretamente com o Chrome.
Entretanto, especialistas alertam que essa nova forma de navegação pode comprometer a diversidade informacional. Fernando Ferreira, do NetLab/UFRJ, destaca que ao receber respostas sintetizadas, os usuários podem perder o contexto e a autoria dos conteúdos originais. Além disso, a coleta de dados durante a navegação levanta questões sobre a privacidade dos usuários.
O Comet está disponível atualmente apenas para assinantes, com um custo de US$ 200 (aproximadamente R$ 1.100), mas a Perplexity planeja tornar o serviço acessível a todos. O CEO da empresa, Aravind Srinivas, afirma que a criação de um navegador é um passo natural para desenvolver "agentes autônomos" que realizam tarefas sem comandos constantes.
Os navegadores com IA podem oferecer conveniência, mas também trazem riscos, como a possibilidade de erros e a vulnerabilidade a fraudes. Tulio Chiarini, pesquisador do Ipea, ressalta que a tecnologia não é neutra e está inserida em uma lógica de interesses. A transparência nas decisões das IAs e a responsabilização em caso de falhas são essenciais para garantir uma navegação segura e informativa.
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