15 de jul 2025
Festival de fotografia em Arles celebra diversidade do Brasil e homenageia Nan Goldin
O festival Rencontres d'Arles 2023 celebra a fotografia brasileira com exposições impactantes e homenagens a grandes nomes da arte.

Obra 'Young Love', de Nan Goldin, 2024 (Foto: Nan Goldin/Divulgação)
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Rencontres d'Arles 2023 destaca a fotografia brasileira
O Rencontres d'Arles, um dos mais prestigiados festivais de fotografia do mundo, acontece na França até 5 de outubro, com uma forte presença brasileira. Nesta edição, quatro grandes exposições e homenagens a Sebastião Salgado e Nan Goldin marcam a programação, que também inclui debates sobre inteligência artificial na fotografia.
A abertura do festival foi marcada por um tributo a Sebastião Salgado, que faleceu em maio. Lélia e Juliano, sua viúva e filho, destacaram a importância do fotógrafo no festival. Juliano lembrou que seus pais sempre estiveram presentes em Arles, contribuindo para o olhar artístico do evento. A homenagem a Nan Goldin, que recebeu o prêmio Mulheres em Movimento, também foi um momento significativo. Goldin, conhecida por sua obra provocativa, fez uma declaração impactante sobre a situação em Gaza, gerando aplausos e protestos na plateia.
Exposições em destaque
Entre as exposições, a obra de Mayara Ferrão se destaca por utilizar inteligência artificial para criar retratos de casais LGBT do século 19, celebrando o amor entre mulheres pretas. Ferrão faz parte da mostra "Futuros Ancestrais", que busca representar a diversidade da nova geração de fotógrafos brasileiros. Ventura Profana, outra artista baiana, utiliza colagens para abordar a violência e as contradições sociais no Brasil, traçando paralelos entre a figura de Jesus e a população trans.
A exposição "Retratistas do Morro" apresenta o trabalho de João Mendes e Afonso Pimenta, que documentaram a vida em uma favela de Belo Horizonte nos anos 1980. Suas imagens, que capturam momentos do cotidiano, foram recentemente adquiridas pelo MoMA de Nova York. Outra mostra, "Construção Desconstrução Reconstrução", explora a fotografia modernista brasileira, enquanto "Claudia Andujar: No Lugar do Outro" foca na obra da fotógrafa, destacando seu trabalho anterior à sua fama com os Yanomami.
O festival também inclui exposições que abordam temas como um incidente diplomático entre Brasil e França e rituais do candomblé, ampliando o panorama cultural brasileiro em Arles. O diretor do festival, Christoph Wiesner, expressou satisfação com a diversidade da presença brasileira este ano, que faz parte do Ano do Brasil na França, uma temporada de eventos culturais que vai de abril a setembro.
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