15 de jul 2025
Fusão de buracos negros gigantes é a maior já registrada na história
LIGO registra fusão de buracos negros de 100 e 140 massas solares, desafiando teorias sobre sua formação e crescimento no universo.

Impressão artística da fusão de dois buracos negros, que pode ser detectada na Terra através das ondas gravitacionais criadas pela colisão. (Foto: Victor de Schwanberg/SPL)
Ouvir a notícia:
Fusão de buracos negros gigantes é a maior já registrada na história
Ouvir a notícia
Fusão de buracos negros gigantes é a maior já registrada na história - Fusão de buracos negros gigantes é a maior já registrada na história
O Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) registrou a maior fusão de buracos negros já documentada, ocorrida em novembro de 2023. O evento, denominado GW231123, envolveu buracos negros com massas de 100 e 140 vezes a do Sol, resultando em um novo buraco negro com 225 massas solares. Essa descoberta desafia teorias existentes sobre a formação de buracos negros.
Os cientistas, incluindo o físico Mark Hannam, da Universidade de Cardiff, destacam que essa fusão é 50% mais massiva do que a anterior. A maioria das fusões detectadas pelo LIGO envolve buracos negros de massa estelar, que normalmente se formam após a explosão de estrelas massivas. No entanto, os buracos negros envolvidos em GW231123 estão em uma faixa de massa onde se esperava que as estrelas fossem destruídas, não se fundissem.
Implicações da Descoberta
A análise sugere que esses buracos negros podem ter se formado a partir de fusões anteriores, em um processo chamado de fusões hierárquicas. O evento ocorreu a uma distância estimada de 2,3 a 13,4 bilhões de anos-luz da Terra. O físico Alan Weinstein, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, comparou essa formação a "quatro avós se fundindo em dois pais, que se fundem em um único buraco negro".
Além disso, os buracos negros detectados giravam a uma velocidade impressionante, cerca de 40 rotações por segundo, próximo ao limite previsto pela teoria da relatividade de Einstein. Essa rotação e a massa dos buracos negros podem fornecer pistas sobre como esses corpos se desenvolvem no universo.
Desafios Futuros
A descoberta ocorre em um momento crítico, já que o financiamento para a detecção de ondas gravitacionais nos EUA enfrenta cortes significativos. Apesar disso, a pesquisa continua a avançar, revelando novas dimensões sobre a formação e o crescimento de buracos negros, especialmente os de massa intermediária, que são menos compreendidos. A busca por esses corpos celestes continua a ser uma das questões mais intrigantes da astronomia moderna.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.