Meta pode abandonar código aberto e focar em modelos fechados de inteligência artificial

O Meta Superintelligence Labs (MSL) está considerando uma mudança drástica em sua estratégia de inteligência artificial, podendo abandonar o modelo Behemoth, que ainda não foi lançado, em favor de modelos fechados. Essa discussão ocorreu na semana passada entre um grupo seleto, incluindo Alexandr Wang, líder do MSL, que foi contratado por cerca de US$ 14 bilhões.

O último modelo da linha Llama, o Llama 4, lançado em abril, não atendeu às expectativas de desempenho, enquanto o Behemoth teve seu lançamento adiado devido a resultados insatisfatórios em testes internos. Desde a criação do MSL, a testagem do Behemoth foi suspensa, levantando especulações sobre a nova direção da Meta.

A mudança para modelos fechados representaria uma alteração significativa na filosofia da empresa, que tradicionalmente adotou uma abordagem de código aberto. Mark Zuckerberg formou o MSL para reunir especialistas em IA, incluindo talentos de empresas como a OpenAI, visando acelerar o desenvolvimento da tecnologia.

Historicamente, a Meta defendeu que o código aberto acelera a inovação, com Yann LeCun, um dos principais executivos de IA, afirmando que "a plataforma que vencerá será a aberta". No entanto, a crescente concorrência de empresas como Google, Anthropic e a própria OpenAI, que planeja lançar um modelo aberto, pode ter influenciado essa reconsideração.

Além disso, o lançamento da IA chinesa DeepSeek R1, também de código aberto, trouxe novos desafios ao setor, levando empresas a reavaliar suas estratégias. Se a Meta confirmar a mudança para modelos fechados, será um passo em direção oposta ao que a empresa defendeu por anos, refletindo as pressões do mercado e a necessidade de se manter competitiva.