14 de jul 2025
Reuniões mensais aumentam salários de secretários de SP em até R$ 19,6 mil
Secretários estaduais de São Paulo recebem salários que, com jetons, superam R$ 70 mil mensais, gerando críticas sobre transparência.

Renda acumulada do secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, chega a quase R$ 70 mil (Foto: Divulgação/Secom SP)
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Secretários estaduais do governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas, têm recebido salários que, com pagamentos extras, podem ultrapassar R$ 70 mil mensais. Esses valores são alcançados por meio de jetons e acúmulo de funções em conselhos, o que tem gerado críticas sobre a transparência da administração pública.
Atualmente, o salário base de um secretário é de R$ 32.671,36, mas muitos recebem adicionais que podem chegar a R$ 19,6 mil por participações em conselhos. Ao menos 11 dos 25 secretários estaduais estão nessa situação. A prática permite que os secretários aumentem seus vencimentos com reuniões mensais, que podem ser realizadas online.
Salários em Números
Um exemplo é o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, cuja renda bruta atinge R$ 69,1 mil. Ele acumula salários de deputado federal licenciado, aposentadoria como policial militar e jetons de conselhos. O controlador-geral do Estado, Wagner Rosário, também se destaca, recebendo quase R$ 58 mil mensais, somando salários e jetons.
Esses pagamentos extras têm gerado polêmica, pois permitem que os secretários recebam mais que o próprio governador, cujo salário é de R$ 36.301,53 após um recente reajuste. Os jetons não são considerados parte da remuneração, o que os isenta do "abate-teto", que limita os salários ao valor do governador.
Funções e Críticas
Os secretários frequentemente ocupam conselhos sem relação direta com suas áreas de atuação. Por exemplo, Derrite é conselheiro do Metrô e da Cetesb, enquanto a secretária de Comunicação, Laís Vita, atua em conselhos de administração de portos. Essa situação levanta questões sobre a adequação e a transparência das nomeações.
O governo do Estado foi contatado para comentar a situação, mas até o momento não houve resposta. A prática dos jetons e o acúmulo de funções continuam a ser um tema de debate na administração pública paulista.
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