20 de jul 2025
Maior museu arqueológico do mundo inicia funcionamento no Egito com soft opening
Museu Egípcio abre parcialmente após duas décadas de construção, mas inauguração é adiada por questões de segurança em meio a conflitos regionais.

A estátua de Ramsés II no átrio do complexo: marco da monumentalidade faraônica (Foto: Hassan Mohamed/pa/Getty Images)
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O Grande Museu Egípcio (GEM) começou a receber visitantes em um soft opening, após duas décadas de construção. Localizado a dois quilômetros das pirâmides de Gizé, o museu possui 500 mil metros quadrados, o que equivale ao dobro do Louvre. O complexo, projetado por um escritório de arquitetura irlandês, abrigará mais de 100 mil artefatos, incluindo 20 mil peças inéditas.
Atualmente, 11 dos 12 salões estão abertos ao público. A galeria dedicada a Tutancâmon, que contém 5 mil objetos da tumba do faraó, permanece fechada. O primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, anunciou que a cerimônia de inauguração foi adiada indefinidamente devido ao conflito entre Israel e Irã. A celebração estava prevista para incluir líderes mundiais e desfiles, mas a segurança foi priorizada.
Atrações e Críticas
O GEM apresenta uma estátua de Ramsés II com 83 toneladas em seu átrio e uma escadaria central que oferece vista para as pirâmides. Além de relíquias reais, o museu expõe objetos do cotidiano, esculturas greco-romanas e múmias de animais, refletindo a evolução da sociedade egípcia.
Entretanto, surgem críticas sobre a ênfase em lojas de luxo e hotéis ao redor do museu, que podem elevar os preços e afastar a comunidade local. Há preocupações de que o GEM se torne um símbolo sem conexão com as necessidades da população.
Protagonismo e Repatriação
O governo egípcio busca recuperar o protagonismo sobre sua história e reivindica a devolução de artefatos históricos, como o busto de Nefertiti e a Pedra de Roseta. O GEM, com laboratórios de restauração avançados, pretende ser um centro de pesquisa arqueológica, rivalizando com instituições internacionais.
O diretor do complexo, Ahmed Ghoneim, destaca que o GEM não é apenas um museu, mas um espaço que busca decifrar e preservar a rica história do Egito.
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