21 de jul 2025
Um em cada seis pessoas enfrenta solidão, alerta estudo da OMS sobre saúde mental
Estudo revela ligação entre solidão e atitudes antidemocráticas, destacando a necessidade urgente de promover interações sociais.

Catarina Pignato (Foto: Reprodução)
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A solidão, um fenômeno que afeta pessoas de todas as idades, ganhou destaque durante a pandemia de Covid-19. Estudos recentes, como o da socióloga Claudia Neu, da Universidade de Göttingen, revelam uma conexão preocupante entre solidão e atitudes antidemocráticas. A pesquisa indica que, embora não haja uma relação causal direta, existe uma correlação estatística que merece atenção.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a solidão pode levar a sérios problemas de saúde, como depressão e distúrbios do sono. A socióloga Neu destaca que a falta de interações cotidianas contribui para a solidão, uma vez que a vida moderna tem reduzido os espaços de encontro. Com o aumento do home office e das compras online, as interações casuais diminuíram, o que pode impactar a coesão social.
A Importância das Interações Cotidianas
Neu enfatiza que os humanos são seres sociais e a ausência de conexões pode intensificar o sofrimento. A socióloga Inga Gertmann, da organização More in Common, complementa que as interações breves e cotidianas são essenciais. O desafio é criar novos espaços de encontro, uma vez que muitos locais tradicionais de socialização têm desaparecido.
A falta de diversidade nas interações sociais pode levar à homogeneização de grupos, dificultando a percepção da desigualdade social. Neu observa que, ao se cercar apenas de pessoas semelhantes, os indivíduos perdem a capacidade de dialogar sobre questões sociais importantes. Criar ambientes onde diferentes classes sociais possam se encontrar é crucial para a construção de uma sociedade mais coesa.
Caminhos para a Superação da Solidão
A OMS também aponta fatores como guerra e pobreza que podem agravar a solidão. Por isso, é fundamental buscar socialização, mesmo que em pequenas ações, como visitar um café em um bairro diferente. Neu ressalta que todos têm um papel na construção de uma sociedade menos solitária, enfatizando a importância de aprender a conviver com as diferenças.
A solidão é um tema que exige atenção e ação. A promoção de espaços de encontro e a valorização das interações cotidianas podem ser passos significativos para mitigar esse problema crescente.
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