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22 de jul 2025

EUA analisam transplantes após doadores apresentarem sinais de consciência

HHS implementa reforma no sistema de transplantes após investigação sobre doadores com sinais de vida, visando garantir segurança e ética no processo.

EUA investigam sistema de transplantes após casos de doadores com sinais de consciência. (Foto: Alyssa Schukar/The New York Times)

EUA investigam sistema de transplantes após casos de doadores com sinais de consciência. (Foto: Alyssa Schukar/The New York Times)

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O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) anunciou uma reforma no sistema de transplantes de órgãos após uma investigação que revelou casos alarmantes de doadores com sinais de vida sendo considerados para doação. O secretário do HHS, Robert F. Kennedy, Jr., afirmou que hospitais permitiram a captação de órgãos enquanto pacientes ainda apresentavam sinais de consciência, o que levanta sérias questões éticas e de segurança.

A investigação da Administração de Recursos e Serviços de Saúde (HRSA) analisou 351 casos de doação autorizada, identificando que 29,3% apresentaram elementos preocupantes, incluindo 73 pacientes com sinais neurológicos incompatíveis com a doação. O jornal The New York Times confirmou 12 casos em nove estados que geraram inquietação entre profissionais de saúde. Embora os transplantes nos EUA tenham alcançado 48 mil no último ano, os erros no processo de doação estão se tornando mais frequentes.

Pressões no Sistema de Transplantes

Nos últimos anos, o sistema de transplantes tem enfrentado pressões para aumentar o número de doações, resultando em decisões apressadas que priorizam a quantidade de órgãos em detrimento da segurança dos doadores. Casos como o de Misty Hawkins, que foi retirada do suporte de vida e ainda apresentava batimentos cardíacos, exemplificam as falhas no processo. Em outros incidentes, pacientes foram preparados para doação mesmo após sinais de recuperação.

A doação após parada circulatória, que representa um terço das doações nos EUA, é especialmente controversa. Esse método envolve pacientes que estão em suporte de vida e cuja morte é declarada após a interrupção do tratamento. Profissionais de saúde expressaram preocupação de que alguns pacientes poderiam ter se recuperado se tivessem recebido mais tempo em suporte.

Reações e Responsabilidades

A Associação das Organizações de Procura de Órgãos defendeu que todos os potenciais doadores recebem o mesmo padrão de cuidado que qualquer paciente até a declaração de morte. No entanto, a investigação revelou que coordenadores de doação têm pressionado médicos e famílias, levantando questões sobre a ética do processo. Cinquenta e cinco profissionais de saúde relataram ter testemunhado casos perturbadores, indicando que a situação pode ser mais comum do que se imagina.

O HHS agora busca responsabilizar as organizações de procura de órgãos e reformar um sistema que, segundo especialistas, não tem enfrentado adequadamente suas falhas de segurança. A urgência em aumentar o número de transplantes não pode comprometer a segurança e a dignidade dos doadores, um aspecto fundamental que precisa ser reavaliado.

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