24 de jul 2025
Cientistas criam robô canibal que se torna mais forte ao devorar outros androides
Robô da Universidade Columbia cresce e se adapta ao consumir outros robôs, prometendo inovação em operações autônomas e missões espaciais.

Pesquisadores acreditam que máquinas serão positivas para operações de resgate, recuperação de desastres naturais e até missões espaciais de longa duração (Foto: Reprodução).
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Pesquisadores da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, desenvolveram um robô inovador que possui a capacidade de crescer, se adaptar e se reparar ao "consumir" outros robôs. O conceito, denominado "metabolismo robótico", foi apresentado em um estudo publicado na revista Science Advances.
Esse robô é projetado para operar de forma autônoma, sem a necessidade de intervenção humana. Philippe Martin Wyder, professor de engenharia e autor principal do estudo, explica que a máquina pode integrar peças de outros robôs ou materiais do ambiente, permitindo que ela supere desafios físicos. O robô é composto por "truss links", hastes alongadas com conectores magnéticos que possibilitam a expansão e contração, facilitando a mudança de forma e a integração de novas partes.
Estruturas Adaptativas
Em experimentos controlados, os cientistas observaram como os módulos do robô se conectaram para formar estruturas em 2D, evoluindo para uma forma 3D em formato de tetraedro. Essa estrutura é capaz de se locomover em terrenos irregulares. Em uma das fases do experimento, o robô anexou uma peça extra, funcionando como uma bengala para atravessar solo acidentado.
Os pesquisadores acreditam que essa transformação modular pode criar um verdadeiro “ecossistema de máquinas”, onde robôs se ajudam mutuamente e reaproveitam componentes de unidades danificadas. Embora o conceito lembre cenários de ficção científica, como robôs autorreplicantes, as aplicações práticas incluem operações de resgate e missões espaciais.
Visão Futurista
Atualmente, dois princípios fundamentais guiam a pesquisa: o robô deve crescer de forma independente ou com a ajuda de unidades compatíveis e deve receber apenas energia e materiais brutos do ambiente. A meta a longo prazo é desenvolver robôs autossustentáveis, capazes de operar em ambientes extremos sem manutenção humana constante.
Hod Lipson, coautor do estudo, ressalta que corpos robóticos ainda são monolíticos e pouco adaptáveis, ao contrário dos organismos biológicos, que crescem e se curam. A pesquisa busca ensinar robôs a utilizar e reutilizar peças de outros robôs para garantir sua sobrevivência em situações adversas.
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