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26 de jul 2025

Microrganismos ajudam a combater o aquecimento global com suas ações benéficas

Estudo revela que o zooplâncton retém carbono equivalente às emissões de 55 milhões de carros, destacando sua importância climática.

O zooplâncton costuma ser vendido como alimento para aquários, mas tem uma importância fundamental em frear o aquecimento global — Foto: Professor Daniel J. Mayor @oceanplankton

O zooplâncton costuma ser vendido como alimento para aquários, mas tem uma importância fundamental em frear o aquecimento global — Foto: Professor Daniel J. Mayor @oceanplankton

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Um estudo recente revelou que o zooplâncton, um grupo de organismos marinhos, desempenha um papel crucial no combate ao aquecimento global. Ao migrar e armazenar carbono, esses pequenos seres são responsáveis por reter uma quantidade equivalente às emissões anuais de 55 milhões de carros. A pesquisa, liderada por Guang Yang da Academia Chinesa de Ciências, destaca a importância do zooplâncton na mitigação das mudanças climáticas.

Esses organismos, que muitas vezes passam despercebidos, se alimentam intensamente na primavera e, em seguida, mergulham nas profundezas do Oceano Antártico, onde queimam gordura e retêm carbono. Jennifer Freer, coautora do estudo, descreve o ciclo de vida do zooplâncton como fascinante e essencial para o equilíbrio climático. Os cientistas já sabiam que o zooplâncton contribuía para o armazenamento de carbono, mas a nova pesquisa quantificou a importância desse processo, conhecido como bomba de migração vertical sazonal.

A Importância do Zooplâncton

Os copépodes, um tipo de zooplâncton, são os principais responsáveis por essa retenção de carbono. Eles se alimentam do fitoplâncton, que converte dióxido de carbono em matéria viva. Quando os copépodes e outras espécies, como krill e salpas, migram para as profundezas, eles transportam cerca de 65 milhões de toneladas de carbono para mais de 500 metros abaixo da superfície do oceano anualmente. Essa quantidade é significativa e ajuda a evitar que o CO₂ retorne rapidamente à atmosfera.

Entretanto, o futuro do zooplâncton enfrenta ameaças. O aquecimento das águas e a pesca comercial do krill podem reduzir sua população, limitando a capacidade de armazenamento de carbono nos oceanos. Angus Atkinson, do Laboratório Marinho de Plymouth, alerta que as mudanças climáticas e as condições meteorológicas extremas representam riscos para esses organismos vitais.

Desafios e Pesquisas Futuras

A pesquisa, publicada na revista Limnology and Oceanography, destaca a necessidade de incorporar as descobertas sobre o zooplâncton nos modelos climáticos. Sem esses organismos, os níveis de CO₂ na atmosfera poderiam ser aproximadamente o dobro dos atuais. Com investimentos globais em estudos sobre o armazenamento de carbono, os cientistas buscam entender melhor o ciclo migratório do zooplâncton e suas implicações para o clima do planeta.

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