27 de jul 2025
Novo estado quântico pode revolucionar a tecnologia espacial, afirmam cientistas
Universidade da Califórnia descobre novo estado da matéria quântica, prometendo avanços em computação e energia para viagens espaciais.

Um líquido que emite luz e possui alta frequência: é assim que os especialistas descrevem a descoberta (Foto: Reprodução)
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Uma pesquisa inovadora da Universidade da Califórnia revelou um novo estado da matéria quântica, com potencial para transformar a computação e a transmissão de energia, especialmente em contextos de viagens espaciais. O estudo, publicado no periódico Physical Review Letters, destaca que esse estado inédito pode levar ao desenvolvimento de computadores autocarregáveis e mais resistentes ao ambiente do espaço profundo.
De acordo com Luis Jauregui, professor de astronomia na universidade, o novo estado da matéria é comparável às diferentes formas da água: vapor, líquido e gelo. "Isso só tinha sido previsto teoricamente, mas ninguém havia medido até agora," afirma. Os pesquisadores descrevem o novo estado como um líquido que emite luz e possui alta frequência, formado por elétrons e suas contrapartes, chamadas lacunas.
Descoberta e Aplicações
A formação desse estado foi possibilitada pela aplicação de um campo magnético de alta intensidade, de até 70 Teslas, que é 700 vezes mais forte do que um ímã de geladeira. Essa condição não apenas alterou a forma do material, mas também reduziu sua capacidade de conduzir eletricidade. Os especialistas ressaltam que essa descoberta abre novas possibilidades para a transmissão de energia, além da carga elétrica convencional.
Jinyu Liu, pesquisador de pós-doutorado e coautor do estudo, destaca que a nova forma de matéria permite explorar o spin magnético, onde partículas subatômicas se comportam como se girassem em torno de seu próprio eixo. "Isso oferece novos caminhos para tecnologia eficiente em termos de energia, como eletrônica baseada em spin e dispositivos quânticos," explica Liu.
Além disso, o novo estado da matéria é resistente à radiação, o que representa um avanço significativo para futuras missões espaciais. Jauregui conclui que essa descoberta pode ser fundamental para o desenvolvimento de computadores espaciais duráveis, essenciais para a exploração do espaço profundo.
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