27 de jul 2025
ONU pede ação global urgente para regulamentar a inteligência artificial
Doreen Bogdan Martin alerta para a falta de regulamentação da inteligência artificial em 85% dos países e pede ação global urgente.

Secretária-Geral da União Internacional de Telecomunicações (Foto: Fabrice COFFRINI / AFP)
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A regulação da inteligência artificial (IA) se tornou uma questão urgente no cenário global, conforme destacou Doreen Bogdan-Martin, secretária-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT). Em entrevista à AFP, ela alertou que 85% dos países ainda não possuem políticas adequadas para lidar com os desafios dessa tecnologia em rápida evolução.
Bogdan-Martin enfatizou a necessidade de uma abordagem global para evitar a fragmentação que pode intensificar desigualdades e riscos sociais. A alta funcionária ressaltou que a IA tem o potencial de beneficiar a humanidade, mas sem regulamentação, os perigos, como a perda de empregos e a disseminação de desinformação, podem se agravar.
A declaração de Bogdan-Martin ocorre em um momento em que os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estão adotando uma estratégia de baixa regulação para garantir vantagem competitiva sobre a China. O plano americano visa eliminar regulamentações que possam atrasar o desenvolvimento da IA no setor privado.
Necessidade de Diálogo
A secretária-geral da UIT observou que é essencial promover um diálogo entre as diferentes abordagens regulatórias, como as da União Europeia, China e Estados Unidos. Ela destacou que, apesar das diversas estratégias, um ponto comum é o foco na inovação e no investimento em infraestrutura.
Bogdan-Martin também chamou a atenção para a exclusão digital, afirmando que 2,6 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à internet, o que limita seu acesso à IA. Para ela, é crucial enfrentar essas desigualdades para que os benefícios da tecnologia sejam amplamente compartilhados.
Além disso, a primeira mulher a liderar a UIT enfatizou a importância de incluir mais mulheres no campo da tecnologia. Ela reconheceu a lacuna significativa de gênero na área de IA e expressou seu compromisso em promover a diversidade. Bogdan-Martin, que busca a reeleição em 2026, afirmou que ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que a IA beneficie toda a sociedade.
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