29 de jul 2025
China revela robôs lutadores para promover entidade global de inteligência artificial
China propõe organização internacional para regular inteligência artificial e destaca inovações em tecnologia durante a WAIC 2025.

Robô R1 da Unitree foi anunciado por menos de US$ 6 mil no WAIC 2025 (Foto: Reprodução/Unitree)
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Durante a World Artificial Intelligence Conference (WAIC) 2025, realizada em Xangai entre 26 e 28 de julho, a China reafirmou sua ambição de liderar o setor de inteligência artificial (IA) global. O evento, que contou com a participação de mais de 800 empresas de 40 países, destacou não apenas inovações tecnológicas, mas também uma nova estratégia de regulação internacional da IA.
O premiê Li Qiang, na abertura da conferência, enfatizou a necessidade de uma governança global para a IA, afirmando que “os recursos críticos estão concentrados em poucos países e empresas”. Ele anunciou a criação de uma organização internacional para coordenar políticas de IA, buscando um consenso que contrabalanceie a fragmentação atual nas normas globais.
Avanços Tecnológicos
A China já é responsável por mais de 40% dos modelos de IA do mundo, com 1.509 modelos registrados. Durante a WAIC, a Baidu apresentou uma nova geração de “humanos digitais”, que podem tomar decisões e colaborar em diversas tarefas. A startup Unitree revelou o robô humanoide R1, que será vendido por menos de US$ 6 mil, prometendo revolucionar o cuidado com idosos em um futuro próximo.
Empresas como Tencent e SenseTime também mostraram inovações significativas. A Tencent lançou o Hunyuan 3D World Model 1.0, enquanto a SenseTime apresentou a versão V6.5 de seu sistema SenseNova, focando na eficiência de aprendizado reforçado. “A produção multimodal escalável é o futuro”, afirmou o analista Wei Xiong.
Infraestrutura e Colaboração Internacional
A Huawei destacou-se ao apresentar o Supernode 384, um sistema com 384 processadores Ascend, capaz de realizar 300 petaflops, rivalizando com supercomputadores ocidentais. Essa inovação é vista como uma tentativa de reduzir a dependência de chips da Nvidia, afetados por sanções dos EUA.
A ausência de gigantes como OpenAI e Meta não diminuiu a relevância do evento. O ex-CEO do Google, Eric Schmidt, fez um apelo pela colaboração entre EUA e China, ressaltando que “temos interesse comum em manter o mundo estável”. A WAIC 2025, portanto, não apenas apresentou inovações, mas também sinalizou um novo capítulo na regulação e cooperação internacional em IA.
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