Jovem desenvolve IA para monitorar o cérebro e capta R$ 17 milhões em investimento
Neurogram capta R$ 17 milhões e visa processar 100.000 exames de EEG até 2025, modernizando a neurologia no Brasil com IA.

Daniele de Mari e Cristhian Cagliari Carniel, da Neurogram: “É como se todo mundo ainda guardasse exame de sangue em caixa de papelão, e a gente tivesse criado o primeiro tubo de ensaio” (Foto: Leandro Fonseca /Exame)
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A Neurogram, healthtech paranaense, anunciou a captação de R$ 17 milhões em uma rodada seed, com o objetivo de processar 100.000 exames de EEG até 2025. A startup, fundada por dois neurocientistas, busca modernizar a neurologia clínica no Brasil, que ainda enfrenta desafios com a digitalização de laudos de eletroencefalograma.
Atualmente, muitos laudos de EEG são enviados de forma precária, como por Dropbox ou HDs externos, o que dificulta diagnósticos e inovações. A Neurogram centraliza e digitaliza todo o processo, desde a coleta dos sinais cerebrais até a entrega do laudo, utilizando um sistema compatível com diversos equipamentos. A empresa já processou mais de 50.000 exames e possui contratos com grandes instituições, incluindo o Instituto Estadual do Cérebro e a Mayo Clinic.
Com o novo investimento, a Neurogram planeja expandir sua equipe técnica e fortalecer sua estrutura de pesquisa e desenvolvimento. A startup já reduziu o tempo médio de laudo de 23 para 9 minutos apenas com a organização dos dados, sem a aplicação de inteligência artificial. A implementação de algoritmos promete aumentar ainda mais essa eficiência.
Inovação e Parcerias
A Neurogram opera sob um modelo SaaS, cobrando pelo uso da plataforma e pelos exames laudados. Além de processar exames, a empresa está criando um marketplace de algoritmos, permitindo que pesquisadores publiquem suas próprias IAs. O primeiro algoritmo desenvolvido analisa exames de sono, reduzindo o tempo de análise de 40 minutos para apenas 2.
A startup também está desenvolvendo um sistema de IA para monitoramento neurológico em UTIs, com a meta de aumentar a cobertura de monitoramento de apenas 1% para 100% dos pacientes. O investimento traz nomes experientes para o conselho da empresa, incluindo Romero Rodrigues, ex-CEO do Buscapé, que destaca a combinação de profundidade científica e visão de produto da Neurogram.
A empresa acredita que a infraestrutura digital para exames neurológicos será cada vez mais essencial, não apenas para laudos, mas também para pesquisas e novos tratamentos. O foco é simplificar a neurologia, proporcionando diagnósticos mais rápidos e precisos.
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