30 de jul 2025
Brasil pode ser afetado por tsunamis e terremotos, entenda os riscos e causas
Terremoto de magnitude 8,8 na Rússia gera alerta de tsunami e destaca a baixa atividade sísmica e ausência de tsunamis no Brasil.

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Um forte terremoto de magnitude 8,8 atingiu o extremo leste da Rússia nesta quarta-feira, 30, gerando alertas de tsunami em diversos países do Pacífico. O evento reacendeu discussões sobre a baixa atividade sísmica no Brasil e a ausência de tsunamis em suas costas.
A localização geográfica do Brasil é um fator crucial para essa realidade. O país está situado praticamente no centro da Placa Sul-Americana, longe das bordas onde ocorrem a maioria dos grandes terremotos. Marcelo Assumpção, professor da Universidade de São Paulo (USP), explica que os terremotos mais intensos ocorrem nas bordas das placas tectônicas. Enquanto o Chile está na fronteira entre a placa oceânica de Nazca e a placa da América do Sul, o Brasil permanece distante dessas zonas de contato.
Embora o Brasil registre alguns sismos, eles geralmente têm baixa intensidade. Pesquisadores da USP indicam que esses tremores são causados por reativações de antigas falhas geológicas, que liberam energia suficiente apenas para abalos de pequena ou moderada magnitude, frequentemente abaixo de 6,0. Regiões como o Ceará e o Rio Grande do Norte apresentam uma atividade sísmica um pouco mais perceptível devido a características geológicas locais.
Risco de Tsunamis
A possibilidade de tsunamis atingirem o Brasil é considerada baixa. O país está distante de zonas de subducção, locais onde placas tectônicas mergulham uma sob a outra, gerando terremotos submarinos que podem causar tsunamis. José Alberto Veloso, professor aposentado do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, afirma que a falta de terremotos com características específicas para originar tsunamis é a principal razão para essa ausência.
Apesar do risco ser considerado muito baixo, há um registro histórico significativo. Evidências mostram que um tsunami gerado pelo terremoto de Lisboa, em 1755, chegou ao litoral do Nordeste brasileiro, causando danos em algumas praias. Pesquisadores da UERJ confirmaram a chegada da onda através de sedimentos e relatos da época.
A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), composta por universidades e o Serviço Geológico do Brasil, monitora constantemente a atividade sísmica no país. Esse acompanhamento é fundamental para o planejamento urbano e a prevenção de riscos, destacando a importância de um monitoramento eficaz para a segurança da sociedade.
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