30 de jul 2025
Gaël Faye aborda o genocídio ruandês em 'Jacarandá' pela vida e memória
Gaël Faye lança "Jacarandá" no Brasil, abordando migração e resistência em meio à violência, durante a Flip.

Ilustração de Riki Blanco para a capa do livro 'Jacarandá', de Gaël Faye, publicado pela editora 34 (Foto: Divulgação)
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Gaël Faye, autor e rapper franco-ruandês, lança seu livro "Jacarandá" no Brasil, publicado pela Editora 34. A obra, que chegou ao país em tradução de Mirella Botaro e Raquel Camargo, explora a resistência humana em meio à violência e à manipulação da linguagem. O lançamento ocorre no contexto da Flip, onde Faye participará de uma mesa de debate com o autor GauZ’.
"Jacarandá", premiado com o prêmio Renaudot, é um relato intenso sobre a migração e os horrores do genocídio ruandês. O protagonista, Milan, um adolescente na França, é filho de mãe ruandesa e pai francês. Ele se depara com os ecos do passado ao ler sobre os horrores do genocídio nos jornais, refletindo sobre a condição dos que buscam uma vida melhor, marcada por menos violências.
A árvore que dá nome ao livro simboliza rotas de fuga em situações-limite, assim como a literatura, que se torna um novo continente para novas narrativas. Faye sugere que a sobrevivência e a contação de histórias de horror conferem um poder de resistência contra os agressores. O autor critica a lógica colonial que perpetua a violência e destaca a importância de rejeitar o que nos intoxica.
"Jacarandá" é um convite à reflexão sobre a condição humana e a construção de um mundo melhor, propondo uma nova forma de abordar a literatura. O livro, com suas 240 páginas, é um exemplo de como é possível renovar a literatura contemporânea sem sucumbir a narrativas simplistas.
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