02 de ago 2025
Marina Silva critica PL do Licenciamento e defende ativismo pela floresta
Marina Silva destaca a urgência de proteger a floresta e critica propostas que podem comprometer a legislação ambiental no Brasil

Ministra Marina Silva na Flip (Foto: Alexandre Cassiano)
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A 23ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) destacou-se como um espaço de reflexão sobre questões sociais e ambientais. Na mesa “O lugar da floresta”, a curadora Ana Lima Cecilio prestou homenagem a ambientalistas assassinados, como Chico Mendes e Dorothy Stang, e a indígenas que perderam a vida durante a pandemia. O evento ocorreu na sexta-feira, 1º de setembro, e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Marina Silva foi recebida com entusiasmo pelo público, que a aplaudiu de pé. A ministra abordou a importância da legislação ambiental e criticou o PL 2159/2021, que propõe mudanças que podem enfraquecer a proteção ambiental no Brasil. Ela afirmou que o licenciamento ambiental é fundamental para alcançar as metas de redução de CO2 e questionou como será possível zerar o desmatamento até 2030 se as regras forem alteradas.
Durante a conversa, mediada pela jornalista Aline Midlej, Marina também mencionou a COP 30, que ocorrerá em Belém, e os desafios que a conferência enfrentará. Ela destacou a necessidade de um mandato para acabar com os combustíveis fósseis e o desmatamento, além de mencionar a importância de investimentos de US$ 1,3 trilhão para evitar o aumento da temperatura global.
A ministra compartilhou sua trajetória pessoal, revelando como a literatura influenciou sua vida. Ela recordou que aprendeu a ler aos 16 anos, motivada por um cordel que retratava a batalha entre um letrado e um sertanejo. Marina enfatizou que a política deve se inspirar em diversas áreas, como arte e espiritualidade, para promover mudanças significativas.
Um momento tocante da mesa foi a presença de Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, que presenteou Marina com o livro póstumo do marido, “Como salvar a Amazônia: uma busca mortal por respostas”. Ao final, a ministra emocionou-se ao lembrar dos ambientalistas que perderam a vida defendendo a floresta, ressaltando que todos devem se tornar ativistas do clima para que não precisemos mais de heróis.
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