Artistas exploram o imprevisível em nova mostra de Juan Casemiro e Gabriel Ribeiro

Gabriel Ribeiro e Juan Casemiro apresentam suas novas obras na exposição "Margem e Contingência", que está em cartaz no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. A mostra, que ficará disponível até 13 de setembro, explora a imprevisibilidade e a ressignificação de objetos cotidianos.

Os artistas utilizam técnicas que desafiam o controle sobre o resultado final. Ribeiro, por exemplo, trabalha com líquidos fotossensíveis, como o cianótipo, para criar obras que capturam a essência do acaso. Em sua peça, um tecido embebido na substância foi exposto à luz do sol, resultando em marcas de miçangas que dançam sobre a superfície azul. "É difícil ter controle sobre o resultado final", afirma Ribeiro.

Casemiro também se apropria do imprevisto em suas criações. Em "Oscar III", ele insere bitucas de cigarro em um filtro de ar usado, evocando memórias de momentos significativos. "É uma forma de lembrar das coisas", diz o artista, ressaltando que cada espectador pode ressignificar a obra de acordo com suas experiências.

Reflexões sobre o Tempo

A passagem do tempo é um tema central na exposição. Ribeiro destaca que seus trabalhos refletem objetos marcados por ações anteriores, enquanto Casemiro utiliza fragmentos de giz para contar os dias em uma instalação. "A passagem do tempo se manifesta no nosso trabalho", observa Ribeiro.

A exposição "Margem e Contingência" convida o público a interagir com as obras e a refletir sobre a relação entre memória e materialidade. O Centro Cultural Correios está aberto de segunda a sábado, das 12h às 19h, e a entrada é gratuita.