Racionalistas surgem como nova tecno-religião que teme a ascensão da IA

No coração de Berkeley, EUA, um antigo hotel transformou-se em Lighthaven, um centro dedicado à inteligência artificial (IA) e à filosofia racionalista. O complexo, que ocupa um quarteirão inteiro, abriga cinco edifícios e um parque, servindo como sede para a comunidade racionalista, que defende que a IA pode melhorar a vida humana, desde que desenvolvida com segurança.

Os Racionalistas, que surgiram no final dos anos 2000, têm influenciado a indústria de tecnologia, incluindo empresas como Google e OpenAI. Figuras proeminentes da IA, como Shane Legg, cofundador da DeepMind, e Dario Amodei, CEO da Anthropic, foram moldados por essa filosofia. A comunidade também está ligada ao movimento do Altruísmo Eficaz, que busca maximizar o impacto positivo das doações, focando na segurança da IA.

Lighthaven não é apenas um espaço físico, mas um símbolo da crescente influência dos Racionalistas. O complexo organiza eventos como a conferência LessOnline e encontros semanais para discutir textos fundamentais do movimento. Alex K. Chen, membro da comunidade, compara o ambiente a um campus universitário, onde a troca de ideias e o networking são essenciais para aspirantes a desenvolvedores de IA.

A história do movimento é marcada por controvérsias, incluindo críticas sobre assédio e questões éticas. Apesar disso, a comunidade continua a prosperar, reunindo centenas de pessoas anualmente para celebrar tradições como o solstício de inverno. Ozy Brennan, um veterano da comunidade, alerta sobre os riscos que a humanidade enfrenta, como a IA descontrolada, destacando a urgência de um desenvolvimento responsável.