Infarto atinge mais jovens em São Paulo e Pará, revela levantamento da Rede D'Or
Estudo revela que infartos afetam pessoas mais jovens em São Paulo e Pará, com hipertensão como fator de risco predominante entre os casos

Infarto apresenta maior prevalência de morte em mulheres (Foto: Freepik)
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Um levantamento da Rede D'Or, com dados de mais de 29 mil atendimentos em emergências, revela que infartos ocorrem em idades mais jovens em São Paulo e Pará. A idade média dos pacientes em São Paulo é de 59 anos, enquanto no Pará é de 46 anos. A pesquisa, coordenada por Olga Ferreira de Souza, diretora nacional da cardiologia da Rede D'Or, aponta que o estresse é um fator de risco significativo para eventos cardiovasculares, especialmente em centros urbanos.
Em contraste, estados do Nordeste, como Paraíba e Bahia, apresentam uma média de 68 anos para a ocorrência de infartos. O estudo será apresentado no Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or, entre os dias 7 e 9 de agosto. Outro dado alarmante é que 70% dos atendidos com dor torácica apresentavam hipertensão, uma condição que endurece as artérias e é muitas vezes silenciosa.
A hipertensão, associada a 41% dos casos de dor torácica, requer atenção especial, especialmente para aqueles com histórico familiar. Além disso, a alimentação rica em sal e o sedentarismo são fatores que contribuem para o aumento da pressão arterial. A cardiologista destaca que a hipertensão favorece a formação de placas de colesterol, elevando o risco de infarto.
Mortalidade entre Mulheres
Os dados também revelam que as mulheres têm uma maior mortalidade em infartos graves. A taxa de mortalidade para o Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnível do segmento ST foi de 11,8% para mulheres e 4,7% para homens em 2025. A apresentação dos sintomas em mulheres pode ser diferente, dificultando o diagnóstico precoce. Muitas vezes, elas relatam dor nas costas ou fraqueza, confundindo com crises de ansiedade.
A cardiologista alerta que cada minuto perdido em um infarto reduz a expectativa de vida em 10 a 12 dias. Portanto, é crucial que qualquer sinal de alerta leve a uma busca imediata por atendimento médico. A pesquisa também indica que 20% dos pacientes atendidos tinham histórico de tabagismo, um dado que reflete a eficácia das campanhas de conscientização sobre os riscos do tabaco.
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