17 de jan 2025
Queda de 31,25% nas instalações eólicas em 2024 gera expectativa de recuperação em 2027
O setor de energia eólica no Brasil registrou queda de 31,25% em 2024, com 3,3 GW. A nova lei sancionada por Lula regulamenta a energia eólica offshore, vetando artigos prejudiciais. Espera se que leilões para usinas offshore ocorram em 2025, com operação a partir de 2030. A energia solar, em contraste, cresceu 37,8%, adicionando 14,3 GW à matriz elétrica. A crise de demanda e sobreoferta pode persistir até 2026, segundo a ABEEólica.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Queda de 31,25% nas instalações eólicas em 2024 gera expectativa de recuperação em 2027
Ouvir a notícia
Queda de 31,25% nas instalações eólicas em 2024 gera expectativa de recuperação em 2027 - Queda de 31,25% nas instalações eólicas em 2024 gera expectativa de recuperação em 2027
A instalação de novas usinas eólicas no Brasil atingiu 3,3 gigawatts (GW) em 2024, uma queda de 31,25% em relação ao ano anterior. A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) aponta que o setor enfrenta uma crise de demanda devido à sobreoferta de energia, com a expectativa de que essa situação persista até 2026. A entidade acredita que a recuperação do segmento ocorrerá a partir de 2027, impulsionada pelo crescimento econômico e novas demandas, como data centers e hidrogênio verde. Em 2024, foram instalados 76 parques eólicos, comparados a 123 em 2023.
A presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum, destacou que a desaceleração é a mais significativa desde 2018 e 2019, refletindo decisões empresariais de reduzir novos projetos. Ela afirmou que 2025 será um ano desafiador, com um cenário de crise de demanda e redução nas instalações. A energia eólica, que atualmente possui 33,7 GW de capacidade no Brasil, perdeu o status de segunda maior fonte da matriz elétrica para a solar, que cresce rapidamente, especialmente em sistemas distribuídos.
Em contraste, a energia solar adicionou 14,3 GW à matriz elétrica brasileira em 2024, um aumento de 37,8% em relação ao ano anterior. A geração distribuída, que inclui instalações menores, representa 8,7 GW desse total. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está atento ao crescimento da solar, que deve superar 50 GW até 2029, desafiando a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Apesar da expansão das renováveis, as hidrelétricas continuam sendo a principal fonte de geração, com 109,9 GW.
No dia 10 de janeiro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que regulamenta a geração de energia eólica offshore, vetando artigos que estabeleciam a contratação compulsória de usinas termelétricas a gás e carvão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu os vetos, que visam evitar custos adicionais aos consumidores. Entidades do setor alertaram que a aprovação de tais artigos poderia resultar em R$ 22 bilhões em custos anuais e um aumento de 9% nas tarifas de energia. A energia eólica offshore é vista como uma oportunidade para diversificar a matriz energética, especialmente na Região Nordeste, onde os ventos são favoráveis.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.