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22 de jan 2025

China registra importações recordes de carne bovina, mas risco de barreiras aumenta

A China importou 2,87 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, recorde histórico. Apesar das importações, o consumo caiu devido a restrições financeiras dos consumidores. A produção local aumentou, resultando em queda de 20% nos preços da carne bovina. Investigação do governo visa entender o impacto das importações nos produtores locais. Medidas protecionistas podem afetar exportações do Brasil, que depende da China.

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As importações de carne bovina pela China atingiram um recorde histórico em 2024, com a aquisição de 2,87 milhões de toneladas, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. No entanto, essa alta nas importações ocorre em um cenário de queda na demanda e preços que estão no nível mais baixo desde 2019. Um relatório da consultoria Mysteel aponta que o consumo de carne bovina na China caiu no último ano, devido a consumidores com menor poder aquisitivo.

A China tem priorizado a compra de carne bovina mais barata, intensificando laços comerciais com o Brasil e a Argentina, em detrimento da carne mais cara dos EUA e da Austrália. Além disso, a produção local cresceu, impulsionada pela busca do governo por autossuficiência após a pandemia de covid-19, resultando em uma queda de 20% nos preços da carne bovina no atacado. Apesar disso, a carne bovina ainda é três vezes mais cara que a carne de porco ou de frango.

Cerca de dois terços dos criadores de gado na China estão enfrentando perdas, levando alguns a abandonar o setor. A Associação Nacional de Pecuária alertou que essa tendência pode ameaçar a sustentabilidade do setor. Em resposta, o governo solicitou subsídios para os pecuaristas e, no final de março, anunciou uma investigação sobre o impacto das importações nos produtores locais, que deve ser concluída em até oito meses.

As importações representaram cerca de 30% do consumo de carne bovina na China no ano passado. Qualquer medida protecionista pode afetar diretamente os produtores brasileiros, que enviam quase metade de suas exportações de carne bovina para a China, além de impactar Argentina, Austrália e EUA. A proteção dos agricultores e a segurança alimentar são prioridades para as autoridades chinesas, especialmente em um contexto de crescente popularidade de opções de carne bovina mais acessíveis.

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