Manchester United enfrenta risco de violar regras financeiras após perdas consecutivas

A situação financeira do Manchester United se torna cada vez mais crítica, com o clube admitindo riscos de violação das regras de lucratividade e sustentabilidade da Premier League (PSR). Desde a temporada 2018-19, o clube não registrou lucros, acumulando perdas totais de £ 373 milhões nos últimos cinco anos. A recente injeção de capital de Sir Jim Ratcliffe, que adquiriu uma participação minoritária, não foi suficiente para estabilizar as finanças, levando a uma série de cortes de custos, incluindo a demissão de 250 funcionários.

O clube enfrenta dificuldades em gerar receita própria, dependendo de empréstimos e investimentos externos. Para contornar a crise, o United recorreu a um empréstimo de £ 200 milhões de sua linha de crédito rotativo, permitindo que realizasse gastos significativos no mercado de transferências. No entanto, a dívida total em parcelas de transferências ainda é alarmante, com £ 319 milhões pendentes, sendo £ 154 milhões devidos em um ano.

Além disso, o clube anunciou um aumento nos preços dos ingressos, eliminando concessões para crianças e idosos, o que gerou descontentamento entre os torcedores. Em resposta a críticas, o United reconheceu que a situação atual é insustentável e que, se não forem tomadas medidas imediatas, o clube poderá enfrentar sérias consequências financeiras que afetarão sua competitividade no futebol.

A administração do Manchester United enfatiza a necessidade de retornar a uma posição de "fluxo de caixa positivo" e está disposta a fazer escolhas difíceis para alcançar essa meta. A pressão para cumprir as normas de PSR e a necessidade de equilibrar as contas são fatores que moldam todas as decisões financeiras do clube, refletindo uma nova realidade em Old Trafford.