Produção de café no Brasil deve cair 4,4%, elevando preços no mercado internacional
A Conab projeta safra de café de 51,8 milhões de sacas para 2025/26, queda de 4,4%. A produção de café arábica deve cair 12,4%, impactada por clima e bienalidade. Espírito Santo se destaca com crescimento de 17,2% na produção de conilon. Exportações brasileiras de café atingiram recorde em 2024, com US$ 12,3 bilhões. Estoques nacionais de café estão em níveis historicamente baixos, com 13,7 milhões de sacas.
Foto:Reprodução
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou sua primeira estimativa para a safra brasileira de café em 2025/26, prevendo uma produção de 51,8 milhões de sacas, o que representa uma queda de 4,4% em relação ao ciclo anterior. Apesar do aumento de 0,5% na área cultivada, que chega a 2,25 milhões de hectares, a produtividade média deve ser de 28 sacas por hectare, 3% inferior ao rendimento de 2024/25, impactada por fatores climáticos adversos.
Para o café arábica, a produção é estimada em 34,7 milhões de sacas, uma redução de 12,4% em relação ao ano anterior, refletindo a baixa bienalidade e as condições climáticas desfavoráveis, especialmente em Minas Gerais, onde a queda foi de 12,1%. Em contrapartida, a produção de café conilon deve crescer 17,2%, alcançando 17,1 milhões de sacas, impulsionada pelos bons resultados no Espírito Santo, que representa 69% da produção nacional dessa variedade.
Minas Gerais, maior produtor do Brasil, deve colher 24,8 milhões de sacas, uma diminuição de 11,6% devido à seca prolongada. O Espírito Santo, por sua vez, projeta um aumento de 9%, com 15,1 milhões de sacas, beneficiado pela produção de conilon. Já São Paulo e Bahia apresentam quedas e crescimentos, respectivamente, com 4,6 milhões de sacas de arábica em São Paulo e 3,4 milhões de sacas na Bahia, sendo 2,2 milhões de conilon e 1,2 milhão de arábica.
A Conab também destacou um cenário de restrição na oferta global de café, com estoques em níveis historicamente baixos e uma demanda crescente. A produção mundial para 2024/25 é estimada em 174,9 milhões de sacas, enquanto o consumo deve alcançar 168,1 milhões de sacas. O Brasil, em 2024, alcançou um recorde de exportação com 50,5 milhões de sacas, gerando uma receita de US$ 12,3 bilhões, um aumento de 52,6% em relação a 2023, impulsionado pela valorização do café e pela alta do dólar. Os estoques nacionais caíram para 13,7 milhões de sacas, 24% abaixo do registrado no ano anterior, indicando uma tendência de novos recuos devido à forte demanda externa.
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