29 de jan 2025
Expectativa de alta da Selic marca estreia de Galípolo no Copom sob pressão inflacionária
Gabriel Galípolo assume o Banco Central em meio a pressões inflacionárias. Selic deve subir de 12,25% para 13,25%, maior nível desde agosto de 2023. Expectativa de nova alta em março, atingindo 14,25%, preocupa o governo. Projeções de inflação para 2025 saltaram de 4,59% para 5,50%, acima da meta. Economistas preveem Selic até 15%, refletindo desconfiança na política fiscal.
Foto:Reprodução
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Gabriel Galípolo, escolhido por Luiz Inácio Lula da Silva para liderar o Banco Central, deve iniciar seu comando no Comitê de Política Monetária (Copom) com uma nova alta da taxa Selic. Nesta quarta-feira, a expectativa é de um aumento de 1 ponto percentual, elevando a taxa de 12,25% para 13,25% ao ano, o maior nível desde agosto de 2023. Essa decisão é amplamente antecipada pelas 120 instituições financeiras consultadas, apesar do desconforto do presidente com os juros altos.
O aumento da Selic é parte de um plano do Banco Central, anunciado em dezembro, para lidar com a inflação crescente, que é uma das principais preocupações do governo. Além do aumento atual, há previsão de nova elevação em março, levando a Selic a 14,25%, um patamar que remete à crise do governo de Dilma Rousseff entre 2015 e 2016. O BC indicou que, se o cenário de inflação se confirmar, ajustes semelhantes devem ocorrer nas próximas reuniões.
As expectativas de inflação têm se deteriorado, com a projeção para o IPCA de 2025 subindo de 4,59% para 5,50%, ultrapassando o teto da meta de inflação, que é de 3,0%. As previsões para anos subsequentes também estão distantes da meta, refletindo uma crescente desconfiança em relação à política fiscal. A economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, sugere que o BC deve sinalizar que a Selic pode continuar a subir após março, dada a deterioração das expectativas.
O Itaú Unibanco espera que a decisão de elevar a Selic seja unânime entre Galípolo e os diretores do BC. O banco destaca que o Copom enfrenta um cenário desafiador, com novas pioras nas expectativas de inflação e uma taxa de câmbio pressionada. A análise sugere que, apesar da necessidade de aumentos adicionais, o BC pode optar por não especificar a magnitude dos movimentos futuros, dada a incerteza econômica.
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