Oppenheimer rebaixa Apple devido a vendas fracas de iPhone e preocupações com IA

A Apple enfrenta dificuldades em manter suas vendas de iPhone e se adaptar a um cenário competitivo em inteligência artificial, levando a Oppenheimer a reavaliar sua posição em relação às ações da empresa. A corretora rebaixou a recomendação de Apple de "outperform" para "perform" e retirou a meta de preço de R$ 250, apontando para uma perspectiva fraca nas vendas de iPhones nos próximos 12 a 18 meses, além da falta de inovação em IA e desafios no mercado chinês. O analista Martin Yang destacou que a empresa enfrenta um "desafio duplo" para o crescimento do iPhone, com a concorrência crescente na China e a ausência de aplicativos atraentes de inteligência artificial.

As ações da Apple já perderam quase 5% neste ano, embora tenham subido cerca de 24,9% no último ano. Yang prevê um ciclo de substituição de iPhones mais lento do que o esperado, com um crescimento de apenas 2% nas remessas até o ano fiscal de 2026. Essa previsão é atribuída à implementação gradual da Apple Intelligence e à falta de aplicativos de IA generativa para consumidores, além do avanço rápido das capacidades de outros modelos de IA. O analista acredita que a valorização da Apple não apresenta grande potencial de alta, considerando o crescimento lento das vendas de iPhones e a incerteza sobre o papel da empresa na adoção inicial de IA generativa.

Outro ponto preocupante para a Oppenheimer são as remessas de iPhones na China, que caíram 25% no quarto trimestre e 17% em 2024, segundo dados da Canalys. Yang alertou que os fabricantes de equipamentos originais Android podem limitar a participação de mercado da Apple na China, onde a empresa tem menos capacidade de demonstrar a diferenciação de seu software e serviços em relação ao hardware. Apesar disso, a maioria dos analistas ainda mantém uma visão otimista sobre as ações da Apple, com 32 dos 48 analistas que cobrem a empresa recomendando compra ou forte compra.