Vendas de veículos novos no Brasil crescem 6% em janeiro, com Fiat Strada liderando

As vendas de veículos novos no Brasil, incluindo carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, totalizaram 171,2 mil unidades em janeiro de 2025, representando um crescimento de aproximadamente 6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este resultado é o melhor para o primeiro mês do ano desde 2020, conforme dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A montadora chinesa BYD destacou-se ao alcançar a oitava posição em vendas, com 5,26% de participação no mercado, superando marcas como Renault e Nissan. O modelo mais vendido da BYD foi o utilitário híbrido Song Plus, com 3.185 unidades.

O Fiat Strada foi o carro mais vendido do Brasil em janeiro, com 8.777 emplacamentos, seguido pelo Volkswagen Polo (5.801) e Chevrolet Onix (5.576). O Chevrolet Tracker se destacou como o SUV mais vendido, com 5.416 unidades. Em comparação a dezembro de 2024, o total de veículos vendidos em janeiro foi 34,92% inferior, mas ainda assim, houve um aumento de 6.239 unidades em relação ao mesmo mês do ano anterior. O presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, afirmou que o resultado indica uma recuperação do mercado automotivo, apesar da queda em relação ao mês anterior.

São Paulo liderou as vendas, com 25,43% do total, seguido por Minas Gerais (14,85%) e Paraná (6,34%). A Fiat aumentou sua participação de 20,56% para 21,7%, enquanto a Volkswagen viu sua participação cair de 16,55% para 13,35%. A Strada mantém a liderança no ranking de vendas desde 2021, quando superou o Chevrolet Onix, que em 2024 ficou em terceiro lugar com 97.508 unidades.

Em 2024, foram vendidos 2.634.514 veículos novos, o melhor resultado em cinco anos, com um crescimento de 14,15% em relação a 2023. O novo presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, projetou um crescimento de 5% para 2025, totalizando 2.765.906 veículos vendidos, embora a expectativa seja cautelosa devido a fatores econômicos e políticos. A economista Tereza Fernandez destacou que a alta das taxas de juros e as incertezas no cenário internacional, especialmente com a administração de Donald Trump nos EUA, são preocupações para o setor automotivo no próximo ano.