07 de fev 2025
Ultra e Vibra: análise revela qual empresa se destaca em meio à recessão econômica
Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) enfrentam risco de recessão técnica em 2025. Ambas têm negócios defensivos, com vendas de combustíveis resilientes. Ultrapar apresenta maior estabilidade e menor alavancagem que a Vibra. A alavancagem da Vibra pode amplificar impactos negativos em seu Ebitda. Ultrapar superou Vibra em quase 12% em dólares até agora em 2025.
Foto:Reprodução
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O Banco BTG Pactual (BBI) analisa as ações da Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3), destacando que, apesar de ambas estarem ligadas ao ciclo doméstico, possuem negócios defensivos. A Vibra, por exemplo, conta com a Comerc, sua controlada de geração de energia, que possui contratos de longo prazo, com duração média de 18 anos, não expostos à atividade econômica local. No setor de combustíveis, a demanda por gasolina e etanol é considerada inelástica, pois está menos sujeita a variações na atividade industrial e à falta de alternativas viáveis de transporte.
A Ultrapar também apresenta características defensivas, com a Ipiranga, sua distribuidora de combustíveis, mostrando resiliência nas vendas de gasolina e etanol em um cenário de desaceleração econômica. O gás de cozinha (GLP) da Ultragaz, que representa 64% do volume vendido, é um insumo essencial para as famílias, o que contribui para a estabilidade do negócio. Além disso, 85% dos volumes da Ultracargo estão em contratos de "take or pay", garantindo receitas mesmo em períodos de baixa demanda.
Os analistas do BBI observam que a menor exposição ao PIB reflete-se nos resultados das empresas, com a Vibra apresentando uma redução de 1,7% no lucro líquido para cada queda de 1% no PIB, enquanto a Ultrapar tem uma sensibilidade de 1,3%. A alavancagem da Vibra, que deve chegar a 2,2 vezes até o final de 2025, é superior à da Ultrapar, que é de 1,1 vez, o que pode amplificar o impacto de quedas no Ebitda.
Por fim, o BBI ressalta que a Ultrapar superou a Vibra em quase 12% em dólares no acumulado do ano. Em um possível cenário de desaceleração econômica, a expectativa é que a Ultrapar continue a se destacar, especialmente se a situação fiscal do Brasil se deteriorar ainda mais, o que afetaria mais severamente a Vibra devido a suas despesas financeiras elevadas.
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