10 de fev 2025
Jeff Bezos destina US$ 9,4 milhões para vacina que combate emissões de metano bovino
O Bezos Earth Fund investiu US$ 9,4 milhões em vacina contra metano bovino. A vacina visa reduzir em 30% as emissões de metano de bovinos, um gás potente. Bovinos são responsáveis por um terço das emissões humanas de metano globalmente. O Instituto Pirbright e AgResearch lideram o desenvolvimento da vacina inovadora. Aceitação pública pode ser um desafio crucial para a implementação da vacina.
Foto:Reprodução
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O Bezos Earth Fund, fundado pelo bilionário Jeff Bezos, anunciou um investimento de US$ 9,4 milhões (aproximadamente R$ 54,6 milhões) para o desenvolvimento de uma vacina que visa reduzir as emissões de metano provenientes de bovinos. O metano, um gás com potencial de aquecimento global 28 vezes mais potente que o CO2, é gerado durante a digestão dos ruminantes, representando cerca de um terço das emissões humanas desse gás, que contribui com 30% do aquecimento global.
Dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) indicam que, em 2022, o Brasil emitiu 20,5 milhões de toneladas de metano, sendo 70% desse total, ou 14,2 milhões de toneladas, provenientes do gado. Embora algumas fazendas tenham tentado usar aditivos na ração para mitigar essas emissões, a eficácia variável e a necessidade de fornecimento contínuo dificultam a implementação.
A vacina, desenvolvida pelo Instituto Pirbright em parceria com a AgResearch da Nova Zelândia e o Royal Veterinary College do Reino Unido, tem como meta reduzir as emissões de metano em pelo menos 30% com uma única aplicação. Para isso, a vacina deve induzir a produção de anticorpos que se liguem às bactérias produtoras de metano no rúmen, um processo que apresenta desafios devido ao ambiente complexo dessa parte do estômago dos bovinos.
Dirk Werling, professor do Royal Veterinary College, destacou que a vacina poderia ser administrada em vacas prenhas, permitindo a transmissão de anticorpos aos bezerros através do colostro. Contudo, os pesquisadores alertam que, mesmo com a eficácia da vacina, a aceitação pública será um fator crucial para o seu sucesso no combate às emissões de metano.
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